Cientistas de várias partes do mundo uniram esforços para tentar erradicar das ilhas Galápagos os ratos invasores, que disputam o habitat com espécies como tartarugas gigantes e lagartos. O projeto, iniciado no começo de 2011 na pequena ilha de Rábida, de 720 hectares e situada no coração do arquipélago, continua agora na vizinha Pinzón, de 1,8 mil hectares.

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Os ratos, sobretudo os "holandeses" e o "rato caseiro", ocupam o terceiro lugar na lista de espécies estrangeiras nocivas para o ecossistema das Galápagos, que inclui também o homem, os cachorros, os gatos, as cabras e até as vacas, assim como uma série de espécies vegetais, como a amora.

Os ratos negros que vivem em Pinzón impediram que as tartarugas gigantes que habitam o local se reproduzissem com sucesso nos últimos 150 anos, devido à destruição de seus ovos e filhotes. O Parque Nacional Galápagos (PNG) e a Fundação Charles Darwin recolheram nas últimas décadas os ovos achados nesta ilha para incubá-los de maneira artificial, criar as pequenas tartarugas em cativeiro e depois devolvê-las a seu habitat natural.

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Desde a primeira reintegração de 20 tartarugas a Pinzón no ano de 1970, mais de 550 tartarugas jovens foram liberadas com sucesso, mas a ameaça continua.

Após eliminar os ratos em Rábida, os cientistas ampliaram o projeto com o uso de uma isca elaborada exclusivamente em laboratórios, que não representa um risco para outras espécies. Os raticidas anticoagulantes parecem bolachas cilíndricas, de um centímetro cúbico, que são atrativas para os ratos, mas evitadas pelos outros animais.

Para o PNG, eliminar os ratos das ilhas é extremamente importante para a restauração dos ecossistemas de Galápagos, os quais, apesar da presença de espécies introduzidas, ainda conservam 95% de sua flora e fauna original. As ilhas Galápagos estão localizadas a cerca de mil quilômetros do litoral do Equador, que as protege com uma legislação especial.