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A rebelião deixou um agente carcerário e um investigador feridos, além de seis presos baleados | Lineu Filho / Agência de Notícias Gazeta do Povo
A rebelião deixou um agente carcerário e um investigador feridos, além de seis presos baleados| Foto: Lineu Filho / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Os feridos foram encaminhados ao Hospital do Trabalhador e ao Hospital Evangélico
  • Três viaturas do Corpo de Bombeiros, uma da PM e o Centro de Operações Especiais (COPE) foram acionados durante o motim
  • A delegacia onde a rebelião ocorreu estava com quatro vezes a mais do que o máximo de detentos previsto
  • A rebelião de presos ocorreu no 11º Distrito Policial, localizado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC)
  • O motim começou durante a entrega das refeições noturnas, quando um dos presos atacou o agente penitenciário

Após cerca de duas horas, foi controlado a rebelião de presos do 11º Distrito Policial, localizado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A confusão começou por volta das 19h30 deste domingo (2) e foi considerada controlada pouco antes das 21h30, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR). Às 22h15, policiais continuavam no local fazendo uma revista na carceragem.

FOTOS: Veja imagens do local da rebelião

De acordo com a Policia Militar, um agente carcerário e um investigador foram feridos por um vergalhão - pedaço de ferro. Além disso, seis presos acabaram sendo baleados durante a ação para conter os ânimos dos amotinados. A delegacia tem espaço para 38 detentos. Na hora em que tudo aconteceu, o local estava com 152 presos -- quatro vezes a mais do que o máximo previsto.

O motim, segundo a Sesp, começou durante a entrega das refeições noturnas. Um dos presos quebrou o cadeado da cela e atacou o agente penitenciário. Após o tumulto, ele e os outros também feriram o policial que estava de plantão.

Três viaturas do Corpo de Bombeiros, uma da PM e o Centro de Operações Especiais (COPE) foram acionados. Os feridos, a princípio, foram encaminhados ao Hospital do Trabalhador e ao Hospital Evangélico.

Em nota, o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) informou que o agente carcerário levou diversos golpes nas costas com um ferro. O policial civil ferido teria sido baleado, segundo o sindicato. "É mais uma discussão que levaremos paras as assembleias dos dias 5 (em Curitiba) e 6 (no interior do Estado) de novembro próximos", disse o órgão em nota.

Reincidência

Em julho deste ano, os presos da Delegacia do CIC tiveram uma tentativa de fuga e rebelião, controlada logo em seguida. Eles chegaram a abrir um buraco na parede. Na época, o local, que tem espaço para 38 pessoas, tinha 160. Para normalizar diminuir a quantidade, cerca de 20 detentos haviam sido transferidos para o sistema penitenciário.

Promessa não cumprida

Em maio, uma fuga de presos da delegacia de Colombo, que deixou policiais civis feridos, fez o governador Beto Richa assinar um decreto que determinou a retirada, em até 60 dias, de 1,2 mil presos de delegacias de Curitiba e Região Metropolitana e o esvaziamento dessas carceragens, a exceção do 11.° DP, que continuaria como Centro de Triagem.

De acordo com o sistema de transparência carcerária da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, as delegacias de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral têm 514 vagas, mas 889 presos – quase o dobro do recomendado. O acesso aos dados foi feito na noite deste domingo (2).

Em agosto o secretário de Segurança, Leon Grupenmacher, disse que em outubro o 11º distrito teria o problema de superlotação resolvido. "Vai funcionar como centro de triagem até que possamos esvaziar também. Em todas as delegacias estão sendo retiradas as grades. Nós não queremos mais presos em delegacias."

Local é "barril de pólvora", diz sindicato

O presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), André Gutierrez, disse, via assessoria de imprensa, que a delegacia tem grande concentração de presos. "O local é como 'um barril de pólvora', tem que ter muito cuidado, pois pode explodir a qualquer momento. Vamos dar o apoio necessário para os policiais civis envolvidos."Motim aconteceu no 11º Distrito Policial

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