Presos da Casa de Custódia de Maringá (CCM) começaram uma rebelião por volta das 15 horas desta segunda-feira (29). Segundo com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), são mantidos reféns quatro agentes de cadeia pública e três agentes penitenciários.
O diretor do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen), Cezinando Paredes, informa, por meio da assessoria de comunicação da Seju, que o motim só atingiu uma ala da CCM, que contém 120 presos. De acordo com Paredes, a rebelião começou quando os detentos começavam a ser recolhidos novamente para as celas no meio da tarde desta segunda.
Os presos têm quatro exigências: não querem mais usar algemas nas transferências internas dentro do presídio e desejam melhorias na assessoria jurídica, na assistência médica e na alimentação. A Tropa de Choque da Polícia Militar chegou ao local por volta das 16 horas e isolou a ala. Até as 20h45 desta segunda, as negociações prosseguiam e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) disse que não iria se pronunciar antes de terminado o motim.
De acordo com informações extraoficiais, apuradas pela reportagem, um refém foi libertado por volta das 18h30 e os presos rebelados estavam divididos sobre a continuação do motim. Parte dos detentos quer continuar a rebelião e outro grupo quer preservar o próximo domingo, que será dia de visitação. As notícias ainda não foram confirmadas pelas secretarias envolvidas.
Abaixo da capacidade
O sistema eletrônico da Seju aponta que a CCM tem capacidade para 654 detentos e atualmente abriga 636 presos.
Inaugurada em 2008, o estabelecimento de segurança máxima é destinado somente a presos provisórios e do sexo masculino. Em 2011, a casa passou por uma reforma e, desde então, sempre funcionou abaixo de sua capacidade.
Essa é a 24ª rebelião em penitenciárias e cadeias do Paraná em 2014. O período mais violento foi entre agosto e setembro, quando cinco motins foram registrados.
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