Os sete investigadores da Polícia Civil, o delegado Rubens Recalcatti, e Mauro Sidnei do Rosário compareceram ao Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Curitiba, para prestar depoimentos na última segunda-feira (23) e na terça-feira (24) . Mas, assim como na primeira vez, em 22 de outubro, os promotores tentaram ouvi-los, mas os policiais se recusaram a dar sua versão dos fatos.
Eles são suspeitos de executarem Ricardo Geffer, em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) em abril deste ano. Geffer era um dos suspeitos de matar João Dirceu Nazzari, conhecido como João da Brascal, ex-prefeito de Rio Branco do Sul e primo do delegado Recalcatti. A defesa sempre alegou que Geffer morreu em revide após um confronto com os policiais.
Dessa vez, segundo o coordenador do Gaeco em Curitiba, Denilson Soares de Almeida, o argumento dos policiais para não falarem foi de que a investigação é parcial e visa atingir a instituição Polícia Civil. Eles também se recusaram a participar de uma reconstituição com base nas versões deles.
“No dia da operação policial, eles não quiseram falar à Polícia. Em outubro, não falaram aqui no Gaeco com a justificativa de seus advogados não havia tido acesso aos autos. Naquela ocasião, havia dito que falariam assim que conhecessem o conteúdo. Demos cópia integral para a defesa. Nesta semana se negaram de novo”, contou o promotor.
Os policiais foram ouvidos na segunda-feira. Na terça, Mauro prestou depoimento, mas negou que estivesse no momento da morte de Geffer. Segundo o promotor, ele afirmou ter ajudado os policiais na identificação do suspeito.
Quando teria descoberto o local onde Geffer estaria, teria ligado para o delegado. Então, segundo o promotor, Mauro disse que levou os policiais até o local, mas permaneceu distante da abordagem. Enquanto manobrava seu veículo, teria ouvido o tiroteio e, então, visto os policiais tentarem socorrer Geffer.
A reportagem tentou localizar o advogado dos policiais, Claudio Dalledone Júnior, mas não teve sucesso. Também tentou falar com o advogado de Mauro, Dival Carvalho Gomes, mas não houve retorno até as 17h30.
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