A Receita Federal apreendeu 20 pistolas semiautomáticas de calibre 9 milímetros, no Terminal de Cargas dos Correios (Teca) do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão- Antonio Carlos Jobim. Elas foram postadas da cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, e destinadas há vários estados, a maioria para São Paulo. Pelos cálculos da Receita, as armas foram avaliadas em aproximadamente R$ 20 mil.
A Receita Federal vai apresentar as armas à imprensa, nesta sexta-feira(30), às 10h, na sala da Seção de Remessas Postais Internacionais da Alfândega (Sarpi), no prédio do Teca. Depois, elas serão levadas para o depósito do terminal até que sejam encaminhadas para o Exército. "O comando do Exército costuma fazer, semanalmente, a fiscalização e o recolhimento de réplicas de outras armas como as de chumbinho, chamadas de airsoft, e de paintball", disse o chefe da Sarpi no aeroporto, Alexandre Cassar Magdalena, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo ele, as armas de uso restrito da polícia e das Forças Armadas apreendidas pelos fiscais da Sarpi estavam declaradas como brinquedo de treinamento. Alexandre declarou que quando o material passou pelos scanners da Receita, provocou suspeitas por causa da coloração que aparecia na tela do equipamento. Além disso, o desenho dos objetos era semelhante ao de arma de fogo.
De acordo com o chefe da Sarpi, as armas de paintball e de chumbinho, mais comuns de serem encontradas entre as remessas vindas do exterior, por terem componentes de plástico, apresentam coloração azul claro quando passam no scanner. "Deu para perceber que não era uma arma comum como costuma vir. Assim que passou pelo scanner, a remessa foi selecionada para a conferência física e foi detectado que eram armas de fogo", explicou.
Nos últimos 12 meses, a Receita Federal apreendeu no Terminal de Cargas dos Correios do aeroporto, 32 armas de fogo de uso restrito. Alexandre informou que também este ano, pela primeira vez, houve apreensões de maconha e de comprimidos de êxtase no local. "A maconha veio dos Estados Unidos e ia para vários estados. Os 14.500 comprimidos de êxtase vieram da Holanda e iam para Santa Catarina. Nos dois casos, as drogas estavam ocultadas dentro dos volumes. O êxtase estava dentro de uma caixa de som embalado com chumbo, o que dificulta a leitura no scanner. No caso da maconha, foi dentro de lanternas", disse.
Na área de exportação, segundo o chefe da Sarpi, as apreensões mais rotineiras são de cocaína. Por ano chegam a atingir 60 quilos da droga e, em geral, são localizadas pelo faro dos cães da Divisão de Repressão da Receita, que é responsável pelos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. "Os cães auxiliam na identificação porque são em cartas, cartões e livros. Então fica muito difícil de detectar só pelo scanner", declarou.