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Um scanner gigante é o novo reforço da Receita Federal de Foz do Iguaçu no combate ao contrabando, descaminho e tráfico de drogas e armas na Tríplice Fronteira. O equipamento de alta tecnologia começou a ser testado esta semana e ajudará a identificar mercadorias irregulares em veículos de carga.

Como funciona em um caminhão, o aparelho é deslocado com facilidade para diferentes pontos de fiscalização da cidade e da região, como a Ponte Tancredo Neves (entre o Brasil e a Argentina), a Estação Aduaneira do Interior (Eadi) e a BR-277. Por enquanto, a novidade não será usada na Ponte da Amizade porque a aduana não comporta fisicamente o raio-x devido às reformas em andamento.

A expectativa maior é aumentar o número de apreensões na rodovia. Por dia, passam ao menos 500 caminhões pela estrada, mas um número ínfimo de caçambas e contêineres é vistoriado por causa da dificuldade de logística e do próprio efetivo reduzido. Com o novo aliado, a tendência é amenizar essa deficiência. Neste ano cerca de 15 caminhões foram apreendidos; em 2005 foram 36.

O scanner é manuseado por dois técnicos terceirizados, sempre acompanhados por uma equipe de auditores. O monitor identifica objetos estranhos à carga e fundos falsos conforme a densidade e cor dos itens submetidos à análise. É possível perceber, por exemplo, a presença de armas, drogas ou produtos de informática escondidos no meio de um carregamento de farinha, feijão ou soja.

Todo frete com corpo alheio à mercadoria descrita na nota fiscal do transportador será vistoriado pessoalmente pelos fiscais. Segundo o supervisor geral de operações da Receita Federal em Foz, Gilberto Buss, o equipamento não vai verificar veículos menores, como utilitários e ônibus, porque a legislação restringe o uso de raio-x em pessoas.

Para Buss, o scanner representa mais um passo significativo da instituição na retomada do controle aduaneiro na fronteira. "Primeiro concentramos as atenções nos ônibus, depois nos veículos pequenos. Agora chegou a hora dos caminhões", completou Buss. Outro aparelho semelhante existe em Paranaguá.

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