A Receita Federal (RF) informou ontem que a descoberta de uma futura rota de tráfico que pretendia mandar cocaína do Paraguai para a Europa utilizando o entreposto do país vizinho no Porto de Paranaguá não deve alterar a rotina de fiscalização no local. "Esse acompanhamento já existe, toda carga que passa pelo entreposto é submetida à fiscalização da Receita, que mantém servidores fixos lá", esclareceu o delegado da RF em Paranaguá, Marco Antônio Franco.

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Franco também desmentiu a informação de que a estrutura paraguaia no porto estaria desativada: "O movimento caiu muito nos últimos anos, desde que foi intensificado o trabalho de fiscalização e o combate ao contrabando. Em 2001, entre 400 e 500 contêineres passavam por mês no local. Este ano foram pouco mais de 100. Mas o entreposto está funcionando".

Assim mesmo, segundo o delegado, o movimento maior sempre foi de importação, principalmente de brinquedos e equipamentos eletrônicos. Um funcionário paraguaio do entreposto, que pediu para não ser identificado, confirmou as declarações do delegado da Receita. "O movimento por aqui morreu por causa da fiscalização", revelou o funcionário, que classificou como impossível a idéia de tentar embarcar cocaína para a Europa em contêineres de sucata e cimento.

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