Mobilização
Greve é suspensa nas universidades estaduais
Da Redação, com agências
Os professores das universidades estaduais suspenderam ontem a greve da categoria. A decisão foi uma resposta à sanção do governo do projeto de lei que garante um aumento de 31,73% aos docentes, em três parcelas, até 2015. A paralisação foi curta e parcial em quatro das sete universidades do estado: na estadual de Ponta Grossa (UEPG) ela durou seis dias; na estadual do Oeste (Unioeste) e de Maringá (UEM) só dois dias e na do Centro-Oeste (Unicentro), apenas no dia de ontem. Apesar de encerrar a greve, os professores marcaram assembleias para outubro para verificar se a primeira parcela será paga em dia.
Quanto aos professores das federais, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior protocolou ontem no Ministério do Planejamento uma contraproposta em que os docentes abrem mão do aumento desejado e pedem que, a cada degrau de progressão, os professores tenham ajuste de 4%, menor que o valor reivindicado, de 5%. A categoria acatou ainda o piso de início de carreira proposto pelo governo, de R$ 2 mil. Porém, segundo o Ministério do Planejamento, a negociação com os professores terminou.
Hospital de Clínicas
Os servidores técnico-administrativos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná também decidiram ontem encerrar a greve, que começou em 11 de junho. Eles aceitaram o reajuste do governo e os trabalhos recomeçam na segunda.
Indicativo
Ministro diz que haverá corte de ponto em caso de paralisação dos Correios
Agência Estado
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ontem que, se os funcionários dos Correios entrarem em greve, todos os dias parados serão descontados. A categoria pede reajuste de 43,7%, piso salarial de R$ 2,5 mil e aumento linear de R$ 200 para todos os empregados.
"Vamos controlar com rigor a presença e descontar dias, horas e minutos parados", afirmou Paulo Bernardo. "Se não houver possibilidade de acordo, vamos para o Tribunal Superior do Trabalho (TST)." No ano passado, os funcionários dos Correios fizeram uma greve que só foi encerrada após decisão do TST.
O ultimato da presidente Dilma Rousseff, que mandou cortar o ponto e até demitir os grevistas que cometerem excessos, produziu efeito contrário entre os servidores da Receita, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF). As três categorias recusaram a proposta de 15,8% de reajuste, a mesma feita pelo Ministério do Planejamento ao conjunto dos servidores federais e decidiram ampliar o movimento no país. A previsão é de mais caos nos próximos dias nos setores de importação e exportação, nas estradas federais, postos de fronteira e aeroportos.
No caso da PRF, a greve que começou no dia 11 e já atingiu 12 estados, se estenderá a 23 das 24 unidades regionais do órgão no país, segundo previu o inspetor Pedro Cavalcante, presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF). Ele estimou que 70% da categoria cruzará os braços, mantendo o efetivo mínimo de 30% previsto em lei nos postos de fiscalização As ações se limitarão aos casos de urgência. As operações de rotina, como fiscalização de rodovias, combate ao contrabando de mercadorias e de tráfico de drogas e armas, ficarão prejudicados.
Em nota divulgada na noite desta quinta, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) informou que 27 sindicatos filiados aprovaram a continuidade do movimento por tempo indeterminado. Apenas delegados e escrivães continuam trabalhando, mas em estado de greve. O movimento afeta a emissão de passaportes, registro de armas, diligências e investigações, inclusive operações de combate ao crime organizado.
As duas categorias que integram a Receita Federal auditores e analistas também recusaram a proposta governamental em consulta às bases e aprovaram a volta à greve.
Anvisa
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o desabastecimento de insumos e medicamentos registrados em algumas unidades de saúde do país não tem qualquer relação com a greve de funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já dura quase 40 dias. Entidades ligadas a serviços de saúde afirmaram que produtos essenciais estariam sendo retidos em portos e aeroportos e não conseguiam liberação em decorrência da paralisação. Padilha disse que os casos de atraso e desabastecimento que chegaram ao conhecimento do ministério decorreram de fatores alheios à greve.
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