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Entre as principais intenções da política para o lixo está o incentivo à reciclagem. Metas só devem ser estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, documento com horizonte de 20 anos que será atualizado a cada 4 anos e vai especificar as ações para o cumprimento dos objetivos do projeto (além da reciclagem, redução do lixo gerado e eliminação e recuperação de lixões). Mas a situação inicial não é das melhores. Em 2008, só 13% dos resíduos foram reprocessados e esse índice cresce a um ponto percentual ao ano.

O baixo nível de reciclagem está relacionado à falta de coleta seletiva, inexistente em 43% dos municípios. Enquanto a geração de lixo cresceu quase 8% nos dois últimos anos, colocando o Brasil no mesmo patamar de países ricos (1,1 quilo diário por habitante, contra 1,2 na União Europeia), a coleta patinou, subindo menos de 1 ponto percentual. Para mudar essa situação, o projeto destaca a parceria com cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

"Os catadores desempenham um papel muito importante na nossa cadeia de reciclagem. Sem eles não teríamos índices recorde em alguns produtos. Mas para incentivar a reciclagem você precisa de instrumentos econômicos do outro lado, para as empresas não terem uma desvantagem ao usar material reprocessado", observa o presidente do Com­promisso Empresarial para a Reciclagem, Vitor Bicca. O Mo­­vimento Nacional dos Catadores de Materias Recicláveis também faz uma análise positiva, apesar de reconhecer que o projeto apenas sugere a coleta seletiva em parceria.

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