| Foto: CHRISTOPHE SIMON/AFP

Bombeiros reiniciaram as buscas por mais vítimas da tragédia com a queda de parte da ciclovia Tim Maia, que deixou até agora pelo menos dois mortos. Segundo a corporação, as equipes trabalham com a possibilidade de haver mais vítimas. Participam das buscas 40 homens, com motos aquáticas e lanchas, além de apoio de helicóptero. O prefeito Eduardo Paes marcou para logo no início da manhã desta sexta-feira (22) uma reunião de emergência para discutir as possíveis causas e ações que serão implementadas. Segundo o secretário executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, a prefeitura irá contratar uma perícia independente para investigar as causas do acidente e a Avenida Niemeyer continuará interditada.

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O acidente aconteceu às 11h10 de quinta-feira (21), depois que uma onda atingiu a ciclovia provocando um choque de baixo para cima, fazendo soltar e despencar um trecho de cerca de 50 metros. No momento, testemunhas informaram haver pelo menos três pessoas. Os dois mortos até agora resgatados das águas foram o engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, que foi reconhecido por familiares, e Ronaldo Severino da Silva, de 60 anos.

O acidente ocorreu em razão de uma ressaca que, segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe), foi causada por um ciclone que se formou no Sul do país há dois dias e passou longe da costa. Segundo o meteorologista Marcos Viana, o fenômeno provocou ondas de 2,5 a três metros de altura nesta quinta-feira.

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“O fenômeno, o ciclone, se formou distante da costa, mas ao passar pelo estado acabou formando as ondas mais altas. Isso é conhecido pelos surfistas como swell (palavra em inglês para bombástico, de grande tamanho ou grande elevação) e não está ligado à entrada de uma frente fria”, explicou o meteorologista.

Na terça-feira, às 22h, houve um alerta da Marinha para ressaca no trecho entre Saquarema, na Região dos Lagos, e Macaé, no Norte Fluminense, mas para ontem não havia alerta.