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Criar um plano diretor que sirva como base para reconstruir a cidade de São Luiz do Paraitinga. Aprofundar as calhas do Rio Paraitinga e ampliar as áreas verdes ao longo das margens. Criar uma barreira que ajude a represar, no município de Cunha, as águas do Rio Chapéu. O aumento delas, que acabou bloqueando o fluxo do seu afluente Paraitinga, foi uma das causas das cheias e da tragédia dos últimos dias.

O secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, visitou ontem a cidade e discutiu com a prefeita, Ana Lúcia Bilard Sicherle (PSDB), e com técnicos da prefeitura, formas de tentar evitar novos desastres naturais e de reconstruir o município

Os quase 70 casarões tombados pelo patrimônio histórico que ruíram ou que tiveram estruturas abaladas devem ser reerguidos usando concreto armado e alvenaria nas estruturas. Erguidos na época do café por meio da técnica de taipa de pilão e pau-a-pique, os casarões se tornaram muito vulneráveis durante as cheias. "O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) permite que as estruturas sejam reforçadas, contanto que as fachadas sejam preservadas", disse o engenheiro civil Jairo Bonielo, que ajudou na reforma do mercado municipal.

Oito técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e três do Condephaat chegam hoje a Paraitinga, para fazer um diagnóstico da destruição. O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, fez ontem um apelo para que a sociedade civil colabore com a reconstrução. "Nunca antes registramos uma calamidade com essas dimensões no patrimônio histórico por causa de chuvas ou acidentes naturais", disse Almeida, com base numa análise prévia feita com fotos das enchentes.

Ontem, Alckmin também se reuniu com assessores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto de Geologia e pediu prioridade na avaliação dos técnicos nas casas localizadas na encosta do Morro do Cruzeiro. "Sou da região do Vale do Paraíba e venho a São Luiz desde criança. Vamos dar todo apoio para a cidade se reconstruir", disse Alckmin.

Ele ainda não sabe dizer quanto o governo vai destinar ao local. A energia e o fornecimento de água ainda não haviam voltado ontem. A Defesa Civil informou que um jovem de 18 anos continua desaparecido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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