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Durante a alteração do sistema de cadastro de presos do Ceará do método manual para digital, 26 detentos "sumiram" na recontagem do Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), o maior do Estado, localizado em Aquiraz, na Grande Fortaleza. A informação sobre o suposto desaparecimento, tratado de forma sigilosa pelas autoridades cearenses, vazou e foi publicada ontem no Diário do Nordeste.

Segundo uma fonte não revelada pelo jornal, suspeitas indicam que os presos saíram do IPPS nos dias de visita, às quartas-feiras e domingos, com possível ajuda de funcionários. Ontem, o secretário de Justiça, Marcos Cals, negou a fuga dos 26 presidiários. De acordo com Cals, durante este ano houve apenas três fugitivos no IPPS: Alexandre de Sousa Ribeiro, o Alex Gadernal, José Luciano Evangelista Cazuza, o Barriga, e Rubens Ramalho de Araújo, o Rubão. Apenas Rubão, especialista em assaltos a carro-forte, está foragido.

Cals informou que uma sindicância apurou a fuga dos dois primeiros. Segundo ele, foi concluído que os detentos contaram com a colaboração de dois agentes prisionais e de dois policiais. Os quatro servidores estão sendo processados administrativamente e poderão ser demitidos.

Tensão

Em meio à notícia de "sumiço de presos" no IPPS, o clima seguiu tenso na madrugada de ontem no presídio, que tem capacidade para 950 detentos, mas abriga 1.290. Ontem de madrugada houve um princípio de rebelião. Dois presidiários, que perderam o controle do tráfico de drogas na unidade, foram mortos de forma violenta por companheiros de cela.

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