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Cronologia

Linha Verde Sul levou oito anos para sair do papel. Acompanhe:

2002 – Ippuc desenvolve o projeto para a revitalização da BR-476.

2003 – Missão do BID aprova o projeto e aceita finananciar. Licitação é aberta pela prefeitura de Curitiba. Empresa Construcap, excluída da licitação, recorre à Justiça e paralisa o processo.

2005 – Prefeitura de Curitiba resolve cancelar a primeira licitação e fazer uma segunda concorrência porque não consegue derrubar liminar judicial da Construcap.

2006 – Os consórcios Delta/Redram e Camargo Côrrea/Empo são escolhidos para realizar as obras entre o Pinheirinho e o Centro Politécnico (UFPR).

2007 – Em fevereiro, as obras começam efetivamente.

2008 – O prazo inicial para a conclusão era abril de 2008, mas aditivos adiaram a conclusão.

2010 – Em janeiro deste ano, as obras são consideradas concluídas.

O projeto de urbanização da BR-476 (antiga BR-116) foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) em 2002 e o Banco Interamericano de Desenvolvimetno (BID) aprovou o financiamento em 2003. Porém, o início da obra que transformou a rodovia na atual Linha Verde Sul começou apenas em fevereiro de 2007. O período de cinco anos de defasagem entre o projeto e a implantação da obra – por causa de problemas na licitação (veja cronologia) – exigiu atualização de várias normas técnicas, como de acessibilidade por exemplo. Além disso, imprevistos, como a queda de parte do viaduto da Avenida Marechal Floriano, em março de 2008, explicam a necessidade de acrescentar os aditivos de readequação do projeto, que somaram R$ 23 milhões, diz a prefeitura de Curitiba. Outros R$ 10 milhões de aditivos são de reposição da inflação."Se você vai ao dentista em 2003 e ele diz 'vem aí na segunda-feira', mas você volta lá só em 2007, é claro que não será o mesmo tratamento", justica o coordenador de obras da Linha Verde Sul, Wilson Justus. De acordo com ele, a maior mudança realizada no projeto inicial foi a descentralização das estações-tubo. Logo no início da obra, a prefeitura optou por mudar o projeto e já construir a Linha Verde com mais uma pista de canaleta nas estações prevendo a possibilidade de os ônibus fazerem ultrapassagens, tal como na Avenida Marechal Floriano, com a linha Ligeirão – o ônibus faz paradas apenas nos terminais e, por isso, diminuiu o tempo de deslocamento entre o Boqueirão e o Centro.

Imprevistos

Justus cita três exemplos de imprevistos durante a implantação da Linha Verde: a queda de parte do viaduto da Marechal Floriano, a necessidade de reforçar a estrutura do Morro do Guabirotuba e do viaduto da Avenida Comendador Franco, conhecida como Avenida das Torres.

Por causa da queda de parte do piso da pista centro/bairro do viaduto da Marechal Floriano em 2008, foi necessário acrescentar R$ 318 mil a obra, segundo a prefeitura. "É imprevisível. Tivemos que reforçar todo o viaduto", detalha Justus.

Quando a obra chegou na região da Avenida das Torres, os técnicos notaram que a base de sustentação do viaduto estava "ruindo" e era necessário reforçá-la. A sustenteção, feita no modelo francês chamado de "terra armada", custou R$ 284 mil.

Outro ponto que ameaçava desabar por causa das obras da Linha Verde foi o Morro do Guabirotuba, do lado direito da pista sentido Atuba, entre a ponte do binário PUC e a passarela em frente ao Colégio Medianeira. "Boa parte daquele morro é lixo. Ele foi todo escorado para não dar uma chuva e desabar", falou Justus.

A empresa Camargo Côrrea, líder do Lote 2 da obra, não quis comentar os aditivos. A Delta, empresa líder do Lote 1, também foi procurada, mas a assessoria de imprensa não retornou o contato.

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