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O projeto de modernização da Polícia Civil, que planeja a abertura das delegacias e distritos de todo oParaná durante 24 horas, foi engavetado pelo governo estadual. O governador Orlando Pessuti (PMDB) disse ontem, em um evento nacional da Polícia Militar, que a proposta deve ficar de sugestão para o governador eleito Beto Richa (PSDB).

A proposta, em estudo na Secretaria de Estado do Planeja­­mento, prevê um aumento escalonado do efetivo da Polícia Civil para os próximos anos. O efetivo passaria de 6.575 para 14 mil homens e mulheres. Hoje, a corporação conta com 3.629 policiais, uma defasagem de cerca de 50%.

Com a modernização, de acordo com o Sindicato de Classes Policiais Civis do Paraná (Sin­­clapol), as categorias de base receberiam até 85% de reajuste nos próximos três anos e os delegados, até 66%. "É estranho. A maioria dos policiais esperava que o governo se mantivesse firme nessa proposta. Esperávamos que não houvesse mudança de rumo", lamenta um dos diretores do Sinclapol, o escrivão Aírton Fernandes.

De acordo com Pessuti, não há expectativa que o projeto seja encaminhado para a Assembleia Legislativa ainda neste ano. "Esse assunto nós deveremos discutir com a transição. Temos tomado o cuidado de só encaminhar os assuntos que foram amplamente debatidos e que foram previamente discutidos antes da campanha eleitoral", afirma o governador. Técnicos do governo e delegados de polícia têm estruturado e debatido o projeto há três anos.

O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná, Vinicius Augustus de Carvalho, lamentou o fato pela necessidade urgente de melhorias na corporação, como readequação salarial e aumento de efetivo. No entanto, ele entende também que o assunto merece ser mais debatido. "O importante é que já existe o começo dessa discussão."

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