Taxista depilou o corpo inteiro e fez uma tatuagem para ganhar o fusca| Foto: Gazeta do Povo

Expectativa de movimento

Segundo cálculos de Ana Lúcia Demeterco, 4,5 mil pessoas transitam pela Galeria Osório diariamente em busca de lojas que vendem de peças de antiguidade e discos antigos a equipamentos de informática. Atualmente mais da metade das lojas está fechada, mas até setembro isso deve mudar. "Com a proximidade da conclusão da obra, a procura está maior."

A expectativa é grande também entre os comerciantes antigos da galeria. É o caso de Márcia Stanczyk, proprietária da Sombrinhas Ideal, que está no ponto desde 1980. "Nós temos uma clientela fiel, mas a obra vai trazer gente nova para a loja."

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A Galeria General Osório, um dos mais antigos pontos comerciais de Curitiba, está sendo restaurada. Até outubro, os cerca de 1,9 mil metros quadrados da Galeria – que une a Praça Osório e a Carlos de Carvalho – vão ganhar novo piso, forro, pintura e iluminação. As 33 lojas do espaço também serão revitalizadas. Segundo Ana Lúcia Demeterco, sócia-proprietária da empresa que administra a galeria, até o momento já foram investidos R$ 200 mil na revitalização. "Se precisar investir mais, vamos investir", afirma.

Além de uma empreitada comercial, a reforma da galeria será um resgate da história do Centro de Curitiba. O projeto é uma promessa de família, explica Ana, que é neta de um dos fundadores da galeria, Antenor Demeterco. "Este espaço era a menina dos olhos do meu avô e quero muito revitalizá-lo."

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Para cumprir a empreitada, Ana perambula por toda biblioteca em que possa encontrar documentos, fotos e informações relativas à galeria. "É uma construção que data do século 19. Sabemos, por exemplo, que essa área servia de parada para carroças e cavalos."

O objetivo da administradora é construir um painel com imagens e informações sobre o espaço. "Aqui dentro, inclusive, com o andamento das obras, temos encontrado muita coisa. Jornais antigos e lembranças de pessoas que trabalharam aqui."

O projeto de revitalização da galeria começou a ser planejado em 2003. "Queríamos modernizar o espaço sem que ele perdesse suas características tradicionais", conta.

O ponto central e mais espaçoso da galeria vai servir de praça de alimentação e chamariz para a clientela. As luminárias foram trocadas para deixar o ambiente mais arejado. Até agora dois restaurantes, um café e uma delicatessen já fecharam contratos para atuarem na praça.

Elaine Pavanelo, proprietária da Casa Piccurini, delicatessen que irá se instalar no local, diz estar animada. "Viemos aqui, conversamos e conhecemos a estrutura. Com as obras em andamento o movimento já é bom. Quando ficar pronto, só vai melhorar", aposta ela, que irá comercializar vinhos, frios e alimentos importados.

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