Os cerca de 50 mil pedestres que transitam diariamente pela Avenida Marechal Deodoro, na região central de Curitiba, só vão andar com mais tranqüilidade, segurança e conforto a partir de março do ano que vem, quando devem terminar as obras de calçamento e paisagismo iniciadas nesta semana. A maior parte da calçada existente hoje, em petit-pavê, será trocada por blocos de concreto o que tornará o piso mais plano e antiderrapante.
A prefeitura, que chegou a cogitar a manutenção do calçamento em petit-pavê, resolveu promover alterações no projeto depois que entidades de pessoas com deficiência física e o Ministério Público Estadual se posicionaram contra o revestimento. Mas uma faixa de aproximadamente dois metros de largura com o polêmico material será mantida, em nome da memória histórica.
Uma ação civil pública, que pede a retirada do petit-pavê do projeto, ainda aguarda a apreciação da Justiça. Dependendo da decisão, as obras podem ser interrompidas. "Nós entendemos que tecnicamente não há problemas com o petit-pavê, mas a pedido do prefeito e com a intenção de atender as entidades, resolvemos alterar o projeto", afirma o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luis Henrique Fragomeni.
"Estamos oferecendo mais segurança e conforto aos pedestres e, ao mesmo tempo, valorizando uma das avenidas mais importantes da cidade", diz o prefeito Beto Richa. "O projeto é muito bom para portadores de deficiência, principalmente física e visual", acrescenta o presidente do Conselho Municipal do Direito do Portador de Deficiência e representante da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, Mauro Nardini.
Para o ouvidor do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (Crea-PR), Borges dos Reis, as mudanças no projeto foram pouco efetivas. "A lei prevê que a calçada inteira seja feita em material antiderrapante, do alinhamento predial ao meio-fio, e isso não está sendo cumprido", aponta.
Mudanças
A Marechal Deodoro ganhará novas calçadas nos dois lados ao longo de 9 quadras, entre as ruas Desembargador Westphalen e Mariano Torres. Numa faixa de cerca de cinco metros de largura serão instalados blocos de concreto pré-moldado intertravado, de fácil manutenção. Além disso, serão instalados 1.670 metros de pista tátil para pessoas com deficiência visual, além de 70 rampas de acesso para pessoas com dificuldades de locomoção.
Haverá ainda a adequação da sinalização horizontal (no asfalto) e vertical (placas) da rua. A paisagem da avenida também deve mudar, com a implantação de 111 árvores e uma nova pavimentação. Todos os obstáculos da calçada postes de iluminação, placas de trânsito, lixeiras, telefones, bancas de revistas, paradas de ônibus serão deslocados para uma pequena faixa lateral em petit-pavê. Serão investidos R$ 2,4 milhões no projeto, viabilizados pelo Fundo de Recuperação de Calçadas (Funrecal), também regulamentado ontem pelo prefeito.
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