Necessidade
Intervenção para atrair turistas
Não há necessidade somente de reformar o Mercado Municipal, mas transformá-lo efetivamente em um ponto turístico de Curitiba. A avaliação é do proprietário do restaurante Maia Box, Mauro Jourdani. "Sem uma propaganda adequada da reforma, não sei até que ponto mais público vai ser atraído para cá com a revitalização", afirma. De acordo com ele, os comerciantes estão fazendo sua parte para tornar o espaço mais atraente ao público, mas há necessidade de investimento em propaganda e turismo. Marcelo Franco Munaretto, diretor de Unidades de Abastecimento da prefeitura, conta que a reforma prevê a instalação de locais destinados ao atendimento de turistas, além de uma parada da Linha Turismo.
Já são pelo menos quase quatro meses de atraso, e os cerca de 63 mil usuários semanais do Mercado Municipal de Curitiba vão ter de esperar até março de 2012 para o fim das reformas. Dois motivos levaram ao atraso do cronograma da obra, cuja entrega estava prevista para agosto: imprevistos inerentes às reformas e a dificuldade para compatibilizar as intervenções com o funcionamento do mercado. "Temos 198 empresas e 1.500 funcionários. Optamos por atrasar, mas manter a condição de trabalho dos lojistas", explica Marcelo Franco Munaretto, diretor de Unidades de Abastecimento da prefeitura.
Conforme Munaretto, a reforma poderia até ser adiantada, mas neste mês, contudo, optou-se por diminuir a agilidade para não comprometer o trabalho. Precaução justificável: nas últimas duas semanas do ano, o movimento do Mercado Municipal cresce em 50% aproximadamente 95 mil pessoas por semana e, nos dois dias que antecedem ao Natal, mais de 30 mil pessoas frequentam o espaço. "No ano-novo, nosso movimento volta ao normal", diz o diretor. Atualmente, as obras da nova praça de alimentação são tocadas somente no período noturno.
Trabalhar intensamente no período mais atraente para o comércio seria maléfico, na avaliação do presidente da Associação de Comerciantes do Mercado Municipal, Mário Shiguemitu Yamasaki. "Gostaríamos de repetir o ano passado, que foi ótimo. Mesmo com as reformas, a expectativa para o fim de ano é muito boa", diz. Segundo ele, o principal problema é a falta de estacionamento. Como a praça de alimentação está em reforma, houve necessidade de encontrar espaço para abrigá-la: 42 vagas para carros se converteram em local temporário para os restaurantes e lanchonetes.
"Hoje, os clientes precisam ficar rodando para achar um lugar para estacionar. A reforma em si não é o problema, mas a falta de vagas", afirma Yamasaki. A revitalização do Mercado Municipal prevê a construção de um edifício-garagem com sete andares, o que deve acontecer somente após o fim da atual reforma. Uma solução de curto prazo foi realizada em convênio com a Diretoria de Trânsito (Diretran). A mudança de sentido da Avenida 7 de Setembro, entre a Dr. Faivre e a Ubaldino do Amaral, deve aumentar a possibilidade de estacionamento para os visitantes do Mercado.
Calor
Não é só a falta de vagas que atrapalha. Na avaliação dos clientes, a praça de alimentação temporária também tem problemas. "Está muito quente e abafado. Mas, apesar do improviso, está acomodando todo mundo", relata o designer gráfico Lewy Caron de Lima, de 27 anos.
Na avaliação do proprietário do Maia Box, Mauro Jourdani, um dos restaurantes do espaço, faltou infraestrutura na adequação, mas ele não notou queda na clientela. "O movimento não mudou exageradamente nos dias de semana e continua bom no final de semana", diz. Segundo o diretor Marcelo Munaretto, a questão deve ser amenizada com a instalação de um sistema que usa água da chuva para resfriar o galpão.
Vida e Cidadania | 2:10
As obras de reforma e ampliação do Mercado Municipal de Curitiba já somam quatro meses de atraso, mas, mesmo com a demora, comerciantes e clientes aguardam com paciência e vêem com bons olhos as mudanças.
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