A reformulação das escolas da rede paulista por ciclos de ensino a partir do ano que vem envolverá a “entrega” de ao menos 94 unidades atualmente ocupadas por estudantes dos ensinos básico e médio de São Paulo.
Dessas 94 escolas, distribuídas em todo o estado, 66 serão repassadas para as redes municipais ou serão aproveitadas ainda pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) como creches ou unidades de ensino técnico. Outras 28 unidades ainda estão com o destino incerto -o governo negocia sua utilização com as prefeituras.
A gestão Alckmin decidiu dividir os colégios estaduais de São Paulo por ciclos de ensino, em um plano que vai fazer até metade dos alunos da rede paulista mudar de escola já a partir do ano que vem.
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Leia a matéria completa“O momento é propício para mudanças e elas são necessárias. O rol de prédios construídos nos últimos anos atende a uma população que diminuiu consideravelmente e, por isso, é possível que agora entreguemos escolas melhores, focadas em ações pedagógicas para cada etapa do ensino”, afirma o secretário da Educação, Herman Voorwald.
O objetivo, segundo o governo, é que a maioria das unidades ofereça classes de apenas um dos três ciclos do ensino básico -anos iniciais (1º ao 5º) e finais (6º ao 9º) do ensino fundamental e ensino médio. Atualmente, cerca de um terço das escolas estaduais funciona assim. Com a mudança, uma região com três escolas para alunos de todas as séries terá uma unidade para cada etapa.
Protestos
Essa iniciativa provocou uma série de críticas e manifestações de estudantes, pais de alunos, sindicato e movimentos estudantis contra o fechamento de escolas. O sindicato dos professores chegou a falar no fechamento de 155 unidades.
No dia 13 de outubro, Voorwald, afirmou que os estudantes das escolas públicas de São Paulo também deveriam protestar quando professores da rede de ensino fizerem greves extensas. Neste ano, docentes fizeram paralisação de 89 dias, a mais longa da história da rede -e que terminou sem que a gestão tucana tenha feito proposta de reajuste salarial.
“É muito interessante o aluno protestar. Quem sabe estejamos criando na educação o protesto para que não falte professor. Para que as greves [de professores] não sejam tão extensas, para que uma greve de 90 dias seja um absurdo numa rede de 4 milhões de estudantes”, disse à Folha de S.Paulo, por telefone, na ocasião.
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