Campo Mourão O Juiz Corregedor de Presídios de Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado, determinou, por meio de uma portaria, a suspensão temporária do sistema prisional semi-aberto, que deveria ter sido implantado durante a semana passada. A Corregedoria aguardava apenas a entrega de beliches aos presos e a inspeção do Ministério Público para avaliar a segurança no local. Mas, por causa da rebelião na delegacia, que durou 16 horas e fez um carcereiro como refém, a implantação do sistema foi suspensa por tempo indeterminado.
"Com a rebelião tivemos uma instabilidade na segurança pública da cidade. O fato de haver reféns agravou a decisão pela suspensão", comentou o juiz, que preferiu não ter o nome citado. Segundo ele, alguns dos 15 detentos do regime semi-aberto estariam aptos a trabalhar e estudar sendo fiscalizados pelo Pro-egresso. "Mas, com a rebelião, a sociedade não vai aceitar correr o risco de ter pessoas que poderiam trabalhar voltando a cometer crimes", completou. O regime, que é um direito do preso após ele cumprir uma parte da pena em sistema fechado, funcionaria em um pavilhão reformado junto ao prédio onde funciona o Instituto Medico Legal (IML). Das 7 às 20 horas, o preso seria autorizado a trabalhar e estudar sob fiscalização do Pro-egresso, e retornaria para pernoitar. "O sistema somente será implantado quando houver o restabelecimento na segurança pública", disse o juiz. Para ele, que não descarta a possibilidade da rebelião ter ocorrido por ordem do PCC, o motim não teve um motivo real. "Nem eles sabiam o que reivindicar", afirmou.
Mas, para o delegado da 16.ª Subdivisão Policial, Haroldo Luiz Vergueiro Davison, a rebelião ocorreu por causa da demora no julgamento dos processos. "Isso foi certo, a demora do Judiciário em julgar os processos culminou na rebelião", diz Davison. O delegado acredita que a implantação do sistema diminuiria a lotação na carceragem. "Seriam menos presos na delegacia", diz.
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