Confira regras de boa convivência, elaboradas por profissionais da corrida e do ciclismo.
Ciclistas
Locais de treino
O treino do ciclismo, de alta velocidade, deve ser feito em locais apropriados. Uma boa opção são os autódromos e velódromos. Para longas distâncias, o técnico Robson XXX indica rodovias e estradas. São locais mais seguros do que a cidade, em número de colisões; mas o cuidado deve ser redobrado, pois a gravidade de acidentes é maior. Ruas urbanas têm muitos entrocamentos, o que dificulta treinos de velocidade. Já em parques e praças há forte presença de famílias e corredores, portanto a velocidade deve ser reduzida como forma de cuidado.
Em áreas urbanas
Pedalar em locais previstos para o ciclista. Em ciclovias e ciclofaixas, onde houver, ou no canto direito da via por onde trafegam os carros. Sempre na mesma mão dos veículos.
Previsibilidade
Sempre sinalizar o que for fazer. Qualquer conversão, parada, subida em algum local. Fazer ser visto tanto pelos carros quanto pelos pedestres.
Buzina
Vale buzinar. A ação não deve ser vista - ou utilizada - como grosseria, e sim como sinal de alerta. A buzina é item obrigatório na bicicleta, pelo Código Brasileiro de Trânsito. Uma alternativa é avisar em voz alta quando for ultrapassar um pedestre ou precisar que a pessoa vá pelo canto da direita para fazer a ultrapassagem.
Ciclista eventual
Ciclistas de velocidade e pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte, em geral, são mais acostumadas a seguir etiquetas de trânsito. Mas os ciclistas eventuais, “de fim de semana” também devem seguir padrões de comportamento que tornam o trânsito mais seguro.
Agir com proximidade
Embora a bicicleta seja um veículo, ela permite um contato mais próximo ao pedestre do que o carro, por exemplo. O advogado Fernando Torres sugere que o ciclista aproveite isso para raciocinar e agir como pedestre. Pequenas ações como pedir licença, ser educado e gentil fazem a diferença.
Ciclovia
Muitas ciclovias são compartilhadas. Mas mesmo nas exclusivas para bicicleta, o ciclista deve ter em mente que as pessoas vão utilizar este espaço para corridas ou outras práticas. Nestes casos, vale respeitar: buzinar ou alertar verbalmente que tem bicicleta atrás e sempre buscar a ultrapassagem pelo meio, não pelo canto.
Corredores
Pista apropriada
Em parques onde há demarcação de pistas, ir pela dos corredores. Não pela dos ciclistas nem ou de caminhada. Na rua, o ideal é ir pela calçada, na contrmão dos carros, indica o técnico de corrida Daniel Oliveira Junior.
Fone de ouvido
Evite. O melhor é não usar, pois o corredor deve estar atento à sua volta com todos os sentidos. Mas muitas pessoas utilizam a música como motivador. Nestes casos, optar por um local controlado, como um parque, e não na rua. O volume deve ser baixo, para ouvir o que ocorre em volta. Uma opção é usar só um lado do fone e deixar o outro pendurado.
Roupa
Roupas chamativas. Laranja, rosa e verde limão são cores populares entre os corredores não por acaso: ajudam a sinalizar que há um pedestre trafegando pelo local. Serve de alerta tanto para carros quanto para ciclistas, principalmente pela noite. Vale comprar tênis com luzes reflexivas.
Ciclovia
Correr na ciclovia não é aconselhável. Mas se for a única opção para determinado trajeto, o corredor deve ir pelo canto da direita e redobrar a atenção, caso tenha que abrir passagem para algum ciclista.
Horário
Correr fora do horário de pico é uma boa opção, para quem têm esta possibilidade. As calçadas são mais vazias, facilitando a utilização das mesmas. O tráfego de veículos é menor.
Percurso
Para corridas mais longas, monte um percurso que dê preferência a estas condições: calçadas largas, regulares, baixo trânsito de pedestres caminhando.
Todos
Troque de lado
Experimente pedalar na ciclovia, ir para o trabalho de bicicleta ou fazer uma corrida na rua. Trocar de lado é uma boa experiência para aprender a enxergar como o outro. Vale também para quem só anda de carro ou não prática nenhuma dessas atividades.