Os 55 reitores das universidades federais do país irão a Brasília amanhã ou terça-feira para discutir o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em encontro com o ministro da Educação, Fernando Haddad, os dirigentes deverão conversar sobre os procedimentos de segurança do Enem e sobre a data das novas provas. Em 2009 o exame será utilizado por cerca de 40 universidades federais como critério de seleção. Em algumas instituições, a prova substituirá os vestibulares tradicionais.
O adiamento da prova foi decidido porque o conteúdo do exame vazou. O jornal O Estado de S. Paulo informou ao ministro que foi procurado quinta-feira por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas do Enem que entregaria em troca de R$ 500 mil. O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, detalhou o processo de preparação do Enem e a segurança em torno do assunto. Cabe ao Inep elaborar a prova.
A distribuição das provas aos polos regionais e municípios, por exemplo, é feita em carros-fortes ou em caminhões acompanhados por batedores. Em algumas cidades, os testes são armazenados nas delegacias de polícia. Um arquivo foi transportado por dois funcionários do Inep, de avião, a São Paulo, onde está a gráfica responsável pela impressão.
Distribuição
A partir da entrega do arquivo das provas, a responsabilidade passa a ser da empresa contratada por licitação para fazer a aplicação e distribuição das provas. Em 2009, a instituição contratada foi o Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel). Nos últimos quatro anos, as instituições responsáveis eram o Cespe e a Cesgranrio.
Durante o processo de impressão, dois funcionários do Inep acompanham todo o processo. A gráfica conta com câmera de segurança em todos os ambientes e vigilância armada. Segundo o Inep, para entrar no espaço, o funcionário precisa trocar de roupa para que não haja risco de que algum exemplar seja levado.
Logo que as provas são impressas, elas passam para a área responsável pela montagem. Esse processo é feito no Rio de Janeiro e é chamado de mixagem. Cada prova é colocada em um envelope lacrado com o nome do aluno. Em seguida, todos os envelopes de uma sala são colocadas em um pacote também lacrado. Há ainda um terceiro envelope, também protegido, que reúne todos os testes que vão para um mesmo local de provas.
"Se o processo for de violação seria detectado na ponta porque vai faltar prova", explicou Fernandes. Depois da mixagem os exames seguem para os polos regionais, responsáveis pela distribuição para os municípios. Chegando lá, as provas podem ser armazenadas nos locais de prova (se houver segurança na escola) ou mesmo na delegacia, segundo explicou Reynaldo.
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