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A prefeitura de Curitiba divulgou, na noite de ontem, uma carta aos educadores das creches – chamadas de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) –, reiterando as dificuldades financeiras que teria caso cumprisse a reivindicação da categoria. Os trabalhadores pedem redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas. Segundo nota do Executivo municipal, isso geraria um custo adicional de R$ 200 milhões ao ano, inviabilizando outros investimentos na área.

A nota da prefeitura foi divulgada após assembleia dos educadores ter decidido pela manutenção da greve, que neste sábado entra no quinto dia. Na tarde de hoje, a categoria faz nova votação para definir os rumos do movimento. A greve foi considerada ilegal pelo juiz em segundo grau do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) Jefferson Alberto Johnsson na quarta-feira. Em caráter liminar, o juiz estabeleceu multa diária de R$ 80 mil caso a paralisação continuasse. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), que representa os educadores, informou que está recorrendo da decisão.

A prefeitura voltou a pedir prazo até 23 de abril para apresentar os resultados dos estudos que está fazendo sobre a jornada dos educadores. Segundo o Sismmuc, após paralisação feita em novembro de 2013, os educadores haviam estipulado prazo até semana passada para uma definição.

Na nota, o Executivo municipal ressalta que está negociando com outras categorias de servidores. "A postura da prefeitura é de clareza, não de intransigência. Tanto que, no mesmo período, negociou com sucesso com os sindicatos dos garis, dos motoristas e cobradores, da Guarda Municipal e dos professores. Todas essas categorias conquistaram avanços reais, cultivando o diálogo", diz o texto.

Ensino federal

No primeiro dia de greve dos servidores federais de ensino, as aulas continuaram normais. De acordo com a assessoria de comunicação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apenas os restaurantes universitários (RUs) foram fechados. O grau de adesão à greve ainda está sendo calculado junto às instituições e sindicatos. Além da UFPR, o Hospital de Clínicas (HC), a Maternidade Victor Ferreira do Amaral, o Instituto Federal do Paraná (IFPR), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também estariam sendo afetados pela greve.

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