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Crise

Relator pede cassação do presidente do PP

Brasília (AE) – O relator substituto do Conselho de Ética da Câmara, Gustavo Fruet (PSDB-PR), leu ontem o parecer que recomenda a cassação do mandato do presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), por envolvimento no valerioduto. Corrêa é o primeiro deputado do PP que tem a perda de mandato recomendada pelo conselho desde que estourou o escândalo do suposto mensalão.

Outros três parlamentares do partido respondem processo por quebra de decoro parlamentar. Como houve pedido de vistas (tempo para análise), pelo deputado Benedito de Lira (PP-AL), a votação do relatório no conselho deverá ocorrer no fim desta semana ou início da próxima.

Corrêa foi considerado responsável pela "união espúria" entre o PT e o PP que resultou em repasses de R$ 4,1 milhões do caixa 2 montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ao partido de Pedro Corrêa.

Pagamento

O presidente do PP reconhece o recebimento de apenas R$ 700 mil e diz que foram usados para pagar o advogado Paulo Goyaz, contratado pelo PP para defender o deputado do Acre Ronivon Santiago, que perdeu o mandato. Os R$ 700 mil não foram declarados à Justiça Eleitoral nem contabilizados nas contas internas do PP e o relator Carlos Sampaio (PSDB-SP), substituído por Fruet porque está viajando, considerou que a "omissão se deu de forma proposital" e feriu a Lei dos Partidos Políticos, que exige registro de qualquer doação, com origem e destino do dinheiro identificados. Para Sampaio, o repasse dos R$ 700 mil foi condição imposta pelo PP para apoiar o PT.

Ontem, embora tenha ido ao Conselho de Ética, Pedro Corrêa não acompanhou a leitura do relatório. Eduardo Ferrão, um dos três advogados do deputado do PP, assumiu a defesa. Em longo discurso, atacou a imprensa e pediu "coragem" aos conselheiros para votar em favor de Corrêa.

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