Brasília – No apagar das luzes, a CPI dos Bingos decidiu livrar o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) e o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. Apontados por envolvimento com o caixa 2 do PT, eles tiveram seus nomes retirados, em cima da hora, da lista de indiciamentos elaborada pelo relator da comissão, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).

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O relatório final, entregue ontem, quase um ano após o início das investigações, sugere ao Ministério Público o indiciamento de 79 pessoas e quatro empresas envolvidas na extensa lista de casos analisados pela CPI que, por este motivo, ficou conhecida como a CPI do Fim do Mundo. Entre os indiciados estão o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.

A mudança de última hora – os nomes de Dirceu e Carvalho chegaram a constar de uma versão do documento enviada, pela manhã, a integrantes da comissão – é incoerente com o conteúdo do relatório. No texto, o relator afirma categoricamente que os dois estavam envolvidos em um esquema de desvio de dinheiro da prefeitura de Santo André. "Gilberto Carvalho chegou a transportar R$ 1,2 milhão de Santo André para a sede do PT em São Paulo. O dinheiro teria origem no esquema de corrupção dos empresários de transporte coletivo, de coleta de lixo e de obras era entregue ao então presidente do PT, José Dirceu", afirma um trecho.

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Apesar de não ter indiciado Dirceu e Carvalho, a CPI termina batendo forte no presidente Lula. O texto final tem um capítulo dedicado à denúncia de que a campanha de Lula, em 2002, recebeu ilegalmente R$ 1 milhão de dois empresários de bingo angolanos.

Clique no link e acesse o relatório final da CPI dos Bingos