Brasília – Não vingou a ameaça da oposição de exigir que todos os processos contra o presidente licenciado do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), fossem concluídos no Conselho de Ética do Senado até dia 2. Os relatores das três ações em curso no conselho apresentaram ontem prazos diferentes para a conclusão dos pareceres.

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Aliado de Renan, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), relator da quarta representação (a que investiga a suposta coleta de propina em ministérios chefiados pelo PMDB), não quis se comprometer com prazo para a conclusão do relatório.

"Recebi apenas ontem (16) o processo. Os trabalhos podem durar um ano ou mais, e daí? Não posso dar garantia de que vou acabar em oito dias, 15 dias ou um ano", afirmou.

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Relator do processo considerado mais espinhoso contra Renan (o que trata da suposta compra de duas rádios e um jornal por meio de laranjas), o senador Jefferson Peres (PDT-AM) informou que concluirá o relatório até o dia 15.

Relator da segunda ação contra Renan (a que trata de suposto favorecimento da Schincariol junto ao INSS e à Receita Federal), o senador João Pedro (PT-AM) confirmou para o dia 5 a conclusão do documento. Pedro disse que pediu à Polícia Federal (PF) uma cópia do inquérito da Operação Cevada, que investigou atos de sonegação de impostos e empresas, incluindo a cervejaria.

O presidente do conselho, Senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), pediu ontem pressa na conclusão dos relatórios desde que, com isso, não venha a comprometer os processos.