Brasília Os arquivos secretos do governo indicam que o processo de construção e operação das usinas atômicas brasileiras, em Angra dos Reis (RJ), foi marcado por inúmeros problemas técnicos nos seus primeiros anos. Acidentes, falhas de construção, problemas de operação são indicados em documentos inéditos. Um relatório confidencial da Divisão de Segurança e Informações (DSI) do Ministério das Minas e Energia apresenta um relatório narrando incidentes operacionais ocorridos em Angra 1, em 8 de outubro de 1983. O documento mostra que das 22 horas do dia 8 até às 6h27 do dia seguinte a usina enfrentou duas situações seguidas de emergência.
"No dia 8.10.83, aproximadamente às 22h, quando o reator se encontrava crítico e em preparativos para o sincronismo da unidade, houve falha de conexão de tubulação de 3/4 de transmissor de pressão da linha de água de alimentação do gerador de vapor número 2. Às 4h15 do dia 9.10.83, com a situação de emergência já declarada encerrada, ao ser manobrado o sistema de remoção de calor residual, houve rápida perda de nível no pressurizador e queda brusca de pressão no sistema primário, acarretando nova situação de emergência na unidade".
Segundo o documento, o relatório concluiu que ocorreram erros de operação dentro da usina. O relatório diz que "a falha de conexão de 3/4 foi devido à falha de montagem".
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