Nesta quarta-feira (2) completa um mês da morte do psiquiatra, escritor e palestrante Içami Tiba, aos 74 anos, em São Paulo. Autor de 29 livros e referência para muitos pais e educadores, Tiba deixou publicações como Quem Ama, Educa! e Adolescentes: Quem Ama Educa!. Relembre a seguir dez pensamentos expressados por Içami Tiba em textos, palestras e entrevistas.
Jovens que não tiveram nenhuma educação em valores vivem e aprendem o que aparece no momento, deixam-se levar por aquilo que é vigente. Quem tem valores sólidos dentro de si é capaz de olhar para uma situação sem ser envolvido por ela, e pode analisá-la e criticá-la
No milênio passado, era rico quem tinha propriedades. Hoje, a riqueza está em adquirir conhecimento e saber aplicá-los. É importante que tenhamos consciência disso tudo e procuremos, por meio de ações e palavras, transmitir às crianças e aos jovens o valor do estudo para eles mesmos e para a sociedade.
A criança hipersaciada também pode tornar-se tímida. Afinal, os pais hipersolícitos atendem a todas as suas vontades e ela não aprende a se virar sozinha.
A primeira coisa a saber é que não há uma idade ideal para começar a se trabalhar disciplina. Pais que querem filhos disciplinados precisam proporcionar um ritmo básico para eles. Quem não tem ritmo desobedece porque a normalidade para ele é justamente a falta de ordem.
O conhecimento está no ar. Na capacidade de a pessoa conectar-se com quem sabe. E hoje isso é a internet. O professor não precisa saber tudo. Precisa saber liderar e coordenar projetos, conduzir o aluno na busca.
Pais e mães devem respeitar as regras da escola, e não tentar adaptá-las à falta de competência do filho, seja mudando-o para uma escola menos exigente, seja incentivando a aprovação sistemática, ou mesmo arquitetando em favor da reclassificação do aluno reprovado. Conseguir bons resultados sem que o filho os mereça equivale a falsificar o mundo para ele.
O grande sonho dos pais é que os filhos sejam felizes e unidos como unha e carne. Muitos acreditam que esse sonho se realizará caso não privem nenhum filho de nada, isto é, tudo o que dão para um filho sentem-se obrigados a dar, igualzinho, também para os outros. Entretanto, ninguém gosta de ser exatamente igual a ninguém. Para marcar as diferenças, os irmãos vão se engalfinhar: é unha de um na carne do outro.
A geração Y tem de aprender a gostar do que faz, e não simplesmente fazer aquilo de que gosta, e os chefes têm de aprender a dar oportunidades para os Ys construírem suas próprias experiências.
Dar a mesma coisa para o filho que acertou e para o que errou não é bom para nenhum dos dois. É preciso ser justo.
Embaixo de um folgado tem sempre um sufocado.
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