O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciaram ontem mudanças na forma de cálculo de reajuste do preço dos medicamentos. A previsão é que a mudança traga um índice de reajuste abaixo da inflação e menor do que o que seria calculado de acordo com as regras anteriores. Além disso, mais medicamentos devem ter reajuste menor de preço neste ano.

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Isso ocorre após uma alteração nos fatores que, além da inflação do período, são considerados no cálculo, como a produtividade, o custo dos insumos e, principalmente, a concorrência dentro do setor farmacêutico. Com a mudança nos critérios, há uma redução no rol de medicamentos considerados de “maior concorrência” e, assim, sujeitos a maior reajuste – de 41,5%, passam a 21,6% do total.

Entram nessa lista, por exemplo, medicamentos como omeprazol, usado para tratamento de gastrite, e amoxicilina, antibiótico usado para tratar infecções urinárias e respiratórias.

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Em geral, os medicamentos são divididos em três níveis, que recebem diferentes índices de reajuste máximo permitido. Assim, medicamentos de maior custo e com menor concorrência de mercado têm índice menor de reajuste, enquanto os de maior concorrência, cuja indústria tende a manter os preços, têm índice maior.

Do total de medicamentos, 51,7% devem ter nível de reajuste menor nos preços por serem medicamentos produzidos por menos empresas e, com isso, menor concorrência no mercado. Antes da mudança no cálculo, 56,8% dos medicamentos estavam nessa lista.