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Brasília – No dia em que PPS, PV e PSOL voltaram a ameaçar recorrer à Justiça para ver criada a CPI dos Sanguessugas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sinalizou que vai trabalhar para enterrar a investigação no Legislativo. "CPI só tem sentido quando as coisas não estão sendo investigadas. Quando estão sendo, o que mais atende à sociedade é aguardar o resultado dessas investigações", afirmou Renan. Ele se refere à expectativa de que a Procuradoria-Geral da República apresente nos próximos dias denúncias ao Supremo Tribunal Federal contra parlamentares suspeitos de envolvimento no esquema.

Renan adiantou que deverá conversar com o Procurador-Geral da República, Antônio Fernando Souza, para saber quando os primeiros resultados serão apresentados pela Procuradoria-Geral da República.

"O procurador nos garantiu que encaminharia o mais rápido possível e a nossa expectativa é essa", afirmou.

O problema é que há o pedido de CPI e ele atende às duas exigências constitucionais: ter assinaturas mínimas de apoio (171 de deputados e 27 de senadores) e ter o chamado "fato determinado" a ser investigado. "Não nos resta outra coisa a não ser recorrer ao Judiciário", disse Chico Alencar (PSol-RJ).

Parlamentares do PPS, PSol e PV devem ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para garantir a instalação da CPI. Os líderes dos três partidos estão avaliando qual a melhor medida: mandado de segurança ou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

O mandado exige o cumprimento imediato do pedido de instalação da CPI, enquanto a Adin acusaria Renan de omissão por ele não cumprir a Constituição, já que a CPI tem fato determinado e as assinaturas necessárias para funcionar.

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