Brasília O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve se reunir hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro não está previsto na agenda oficial do presidente Lula. Mas aliados de Renan dizem que o presidente já sinalizou a vontade de conversar com o peemedebista.
No encontro, Lula e Renan devem conversar sobre a situação do peemedebista salvo na semana passada de um processo por quebra de decoro em sessão secreta no plenário do Senado. Renan é alvo de mais dois processos por quebra de decoro no Conselho de Ética e de uma terceira representação do PSol ainda está parada na Mesa Diretora.
Para amigos e familiares, Renan informou que não tem a intenção de se licenciar da presidência do Senado. Para ele, o resultado da votação da semana passada 40 votos favoráveis, 35 pela cassação e 6 abstenções foi uma espécie de eleição para a presidência da Casa e deu força para sua permanência no comando do Senado.
Aliados do governo, entretanto, tentam convencer Renan a se licenciar do cargo para acelerar a votação acelerada de projetos de interesse do Planalto
Será relançada hoje à tarde na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Frente Parlamentar pelo Voto Aberto. O objetivo é pressionar a Casa a votar definitivamente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o voto aberto em todas as sessões do Poder Legislativo nos âmbitos federal, estadual e municipal. Em setembro do ano passado, a PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara e desde então espera pela votação de segundo turno. Se aprovada, a matéria segue para o Senado.
Uma Frente Parlamentar em defesa do voto aberto funcionou na Câmara até o ano passado e chegou a ter 216 integrantes, mas encerrou as atividades em razão do fim da última legislatura. Isso ocorre com todas as organizações desse tipo.
De acordo com o líder do PSol na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), um dos parlamentares que encabeça a nova Frente, é incomum que uma proposta demore tanto tempo para ser votada em segundo turno.