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Calheiros não encaminhou representação

Duas semanas depois de o PSol ingressar com a quarta representação contra Renan Calheiros por quebra de decoro parlamentar, o peemedebista ainda não encaminhou o pedido de investigação para análise da Mesa Diretora do Senado. O vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse ontem que só convocará a Mesa para decidir se o Conselho de Ética abrirá a quarta investigação sobre Renan depois de receber oficialmente a representação.

O PSol ingressou com a representação na Mesa Diretora do Senado no dia 6 de setembro. O partido cobra investigações sobre a denúncia de que Renan teria integrado esquema de desvio de dinheiro operado pelo lobista Luiz Garcia Coelho em ministérios comandados pelo PMDB.

O pedido está nas mãos do próprio presidente do Senado, que ainda não encaminhou a representação para análise da Mesa Diretora.

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve se reunir hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O encontro não está previsto na agenda oficial do presidente Lula. Mas aliados de Renan dizem que o presidente já sinalizou a vontade de conversar com o peemedebista.

No encontro, Lula e Renan devem conversar sobre a situação do peemedebista – salvo na semana passada de um processo por quebra de decoro em sessão secreta no plenário do Senado. Renan é alvo de mais dois processos por quebra de decoro no Conselho de Ética e de uma terceira representação do PSol – ainda está parada na Mesa Diretora.

Para amigos e familiares, Renan informou que não tem a intenção de se licenciar da presidência do Senado. Para ele, o resultado da votação da semana passada – 40 votos favoráveis, 35 pela cassação e 6 abstenções – foi uma espécie de eleição para a presidência da Casa e deu força para sua permanência no comando do Senado.

Aliados do governo, entretanto, tentam convencer Renan a se licenciar do cargo para acelerar a votação acelerada de projetos de interesse do Planalto

Será relançada hoje à tarde na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Frente Parlamentar pelo Voto Aberto. O objetivo é pressionar a Casa a votar definitivamente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o voto aberto em todas as sessões do Poder Legislativo nos âmbitos federal, estadual e municipal. Em setembro do ano passado, a PEC foi aprovada em primeiro turno na Câmara e desde então espera pela votação de segundo turno. Se aprovada, a matéria segue para o Senado.

Uma Frente Parlamentar em defesa do voto aberto funcionou na Câmara até o ano passado e chegou a ter 216 integrantes, mas encerrou as atividades em razão do fim da última legislatura. Isso ocorre com todas as organizações desse tipo.

De acordo com o líder do PSol na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), um dos parlamentares que encabeça a nova Frente, é incomum que uma proposta demore tanto tempo para ser votada em segundo turno.

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