Brasília Terminou ontem a licença médica de dez dias do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador pode prorrogar a licença por igual período, mas só deve anunciar sua decisão na segunda-feira. Seu retorno à presidência do Senado, porém, já está descartado. E o processo de sucessão foi aberto pelos próprios aliados. Caberá ao PMDB, como maior bancada do Senado, indicar o novo presidente da Casa. Enquanto isso, o senador Tião Viana (PT-AC) ocupa o cargo interinamente.
Renan pediu licença do mandato no dia 22 de outubro para, oficialmente, fazer exames médicos de rotina. Além do afastamento do mandato, Renan também está fora do cargo de presidente do Senado desde 11 de outubro, quando pediu 45 dias de licença.
As licenças foram a maneira que o peemedebista escolheu para amenizar a crise que enfrenta devido a uma série de denúncias. Renan já foi absolvido em processo de cassação pelo plenário do Senado, mas ainda responde a outras quatro denúncias por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado. Uma sexta representação ainda será analisada pelo conselho.
Processo
Apesar de estar afastado do Senado, Renan acompanha de perto os trabalhos do senador Jefferson Péres (PDT-AM), que relata o processo em que o peemedebista é acusado de utilizar "laranjas" para comprar rádios e jornais em Alagoas.
Para Renan, os depoimentos colhidos na quarta-feira por Péres, que ouviu o técnico em contabilidade José Hamilton Barbosa e o juiz Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira, da 16.ª Vara Criminal de Maceió, contribuíram para sua defesa. Mas o técnico em contabilidade reiterou que Renan teria firmado sociedade oculta com o usineiro para a compra do grupo de comunicação, mas não apresentou provas do envolvimento do peemedebista na operação.
Já o juiz chegou a pedir proteção especial ao Senado, porque foi vítima de ameaças de morte no estado, e teme represálias. Oliveira foi responsável por apresentar queixa-crime à Justiça de Alagoas contra Lyra pela suspeita de ser o mandante do assassinato de um fiscal no estado.
Depoimento
Outro depoimento aguardado por Renan, como elemento a seu favor, é o do governador de Alagoas, Teotônio Vilella Filho (PSDB), arrolado como testemunha pelo senador por ter disputado o governo do estado com o usineiro João Lyra no passado. Villela Filho pretende dizer que as acusações de Lyra são por disputa política. O depoimento deve ser na próxima semana.
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