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A coordenadora do Núcleo de Assistência Social da Secretaria de Estado do Emprego, Trabalho e Promoção Social, Denise Colin, aponta que o aumento da renda da população não é o único motivo para a baixa cobertura do Bolsa Família em municípios paranaenses. Segundo Denise, várias cidades alegam aumento da renda da população, dizem que perderam habitantes e que as projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não foram tão precisas – alegações que podem ocultar outros motivos, como dificuldade operacional. "Houve mesmo diminuição da pobreza, mas não na proporção desejada", afirma Denise.

O órgão diz não saber ao certo o que vem provocando baixa cobertura e planeja entrar em contato direto com os municípios. "Pode ter acontecido em alguns municípios (a alta da renda), mas acreditamos que não seja o único elemento. Os municípios têm dificuldade operacional também e é isso que vamos tentar sanar", diz a coordenadora.

Denise explica que, quando o município começa a apresentar baixa cobertura, o incentivo que ele recebe do governo federal para o gerenciamento do Bolsa Família cai. É um recurso que o município pode usar para melhorar infraestrutura, promover treinamento com beneficiários, capacitar profissionais, entre outros. Com baixos indicadores, o município perde recurso. "A cobertura é um indicador importante. Se o município vai tendo índice abaixo de 45%, é suspenso o repasse desse incentivo para o município." O estado recebe R$ 400 mil por ano deste repasse.

Estão planejados 18 encontros regionais ao longo do mês de março para discutir o Bolsa Família. Sem data definida, o órgão estadual também pretende em breve promover atividades de capacitação nos municípios com cobertura inferior a 70%. (BMW)

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