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Curitiba – O rendimento dos trabalhadores paranaenses vem crescendo, acompanhando uma tendência nacional verificada desde 2004. No ano passado, no Paraná, a renda média foi de R$ 958, contra R$ 925 no ano anterior. O aumento foi de 3,56%. Se a comparação for feita com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2002, o aumento da renda dos paranaenses foi de 121%. Naquele ano, o rendimento médio era de R$ 432. Luiz Alceu Paganotto, analista do IBGE, ressaltou que este aumento é bem significativo, mesmo descontando a inflação do período.

No Brasil, os trabalhadores tiveram um aumento de 7,2% em sua renda, passando a ganhar, em média, R$ 883 por mês. Apesar de o crescimento não ter sido suficiente para atingir o maior valor de rendimento da série (R$ 975, em 1996), esse patamar mais alto foi alcançado e superado entre os 50% de pessoas ocupadas que têm salários menores. De acordo com a análise do IBGE, um dos fatores determinantes para o crescimento da renda foi o ganho real do salário mínimo, de 13,3% em 2006 na comparação com o ano anterior.

No Paraná, o número de trabalhadores com carteira assinada passou de 1,7 milhão em 2002 para 2,2 milhões no ano passado. O aumento foi de 29,41%. Eles representam 35,54% dos empregados, contra 33,10% em 2002. No Brasil, os porcentuais não são muito diferentes. Há cinco anos, 31,3% dos empregados tinham carteira assinada e em 2006 eram 34,3%.

O que diminuiu no ano passado, no Paraná, foi a quantidade de trabalhadores domésticos, que passou de 7,86% em 2002 para 7,06%. O chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, explicou que muitas mulheres que trabalhavam como empregadas domésticas foram absorvidas por alguns setores da indústria, como o de confecções e os abatedouros, principalmente no interior do estado.

Outro resultado positivo colhido pela Pnad 2006 é a redução do trabalho infantil. No Paraná, a taxa de pessoas com idade entre 5 e 9 anos que estava ocupada caiu de 2% em 2002 para 1,6% em 2006. A maioria dessas crianças trabalha no setor agrícola, normalmente ajudando seus pais, lembrou Paganotto. Entre os jovens de 10 a 14 anos, o porcentual dos que trabalham caiu de 12,4% para 9,4%. (VF)

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