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Os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram na tarde desta quarta-feira (17) manter a greve, que já chega a 114 dias. A decisão foi tomada após reunião dos líderes sindicais com representantes da Reitoria, que durou mais de três horas e terminou sem sucesso.

Segundo os grevistas, o principal ponto de divergência é a reposição dos dias parados durante a greve. A Reitoria quer um calendário para compensar praticamente todas as horas não trabalhadas. Já o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) defende apenas eliminar o serviço acumulado, sem necessidade de estender o expediente para atividades em que não há demanda. "Querem nos punir, assim como no corte de ponto", criticou Magno de Carvalho, presidente do Sintusp. No caso dos professores, todas as classes suspensas durante a greve devem ser dadas. O calendário de reposição será definido por cada faculdade após a volta às atividades.

Outro pedido dos servidores técnico-administrativos é o reajuste do vale-alimentação. A USP disse, de acordo com eles, que a atualização do benefício deveria ser discutida junto com as outras universidades estaduais, em respeito à regra da isonomia.

A notícia foi recebida com decepção pelos grevistas, reunidos em frente ao prédio da Reitoria, no câmpus Butantã. O grupo votou por manter a paralisação.

Os resultados do encontro serão levados para a audiência de conciliação, que ocorre nesta tarde no Tribunal Regional do Trabalho entre reitoria e sindicato. Nova reunião entre os grevistas e a comissão interna de negociação montada pelo reitor Marco Antonio Zago está pré-marcada para esta quinta-feira (18). Caso a greve não se resolva nos próximos dias, ela poderá ser julgada pela Justiça.

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