O governador do Paraná Roberto Requião decretou, no final da tarde desta sexta-feira (19), a intervenção administrativa por seis meses da Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste), que liga Cascavel a Guarapuava. O governo acusa a Ferropar, grupo que administra a ferrovia, de não cumprir o contrato de privatização. A Ferropar passa a ser administrada pelo consultor de logística e engenheiro mecânico Saulo de Tarso Pereira. A primeira medida do interventor estadual foi afastar dois diretores da administração. Em 30 dias, Pereira deve iniciar o processo de levantamento da situação administrativa e econômica da Ferropar. No fim desse período, será feito um balanço da administração e só então o governo deve decidir se a Ferropar continua com a concessão do trecho.
A ferrovia foi criada no primeiro mandato de Requião como governador do Paraná. Ela custou US$ 360 milhões e foi privatizada em 1997.
Estratégica para região, 80 vagões deixam diariamente o terminal em Cascavel levando principalmente soja, milho e cimento para o porto de Paranaguá. No mês passado foram transportadas 143 mil toneladas.
Em entrevista ao Paraná TV desta sexta, diretores de cooperativas lembraram do custo menor que se tem ao utilizar as linhas de ferro. Segundo os diretores, o preço para transportar uma tonelada de soja por caminhão, de Cascavel ao Porto de Paranaguá, é de R$ 60 e por trem, sai por R$ 35.
Veja na reportagem em vídeo diversos depoimentos sobre a medida de intervenção
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