O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o governador do Paraná, Roberto requião, defenderam um novo tipo de integração das Américas, em discursos dentro da programação do 2º Encontro Interregional pela Integração com o Paraná, no acordo Brasil-Venezuela. Os dois defenderam mudanças e ampliação no Mercosul para que a união deixe de apenas pensar no lucro, mas também na amizade e colaboração entre os povos. Requião e Chávez assinaram, no fim da manhã desta quinta-feira, projetos, convênios e negócios entre o Paraná e a Venezuela.
Entre os documento estava o Manifesto das Américas em Defesa da Natureza e da Diversidade Biológica e Cultural, que, de acordo com o site oficial do governo do estado, combate a introdução de organismos transgênicos no ambiente e o uso das sementes "terminator". Além disso, o manifesto se opõe ao Acordo de Livre Comércio das Américas (ALCA) e a tratados bilaterais ou outros que não tenham a participação popular na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Após a assinatura o presidente venezuelano começou o discurso dizendo que não ia se estender muito porque sabia que alguns integrantes de movimentos sindicais o esperavam no Teatro Guaíra. Apesar da "promessa" Chávez falou por quase uma hora, deixando os representantes da Via Campesina esperando mais um pouco depois do atraso de quase duas horas em toda a programação.
Chávez defendeu de forma veemente a integração de países da Américas Latina, Central e "parte da do Norte" para que fortaleça o Mercosul. Um bloco forte, diz Chávez, impulsiona a "inclusão nas discussões do mundo e não de forma subordinada, mas de forma representativa".
Para o presidente da Venezuela é necessário que esta integração apresente uma alternativa à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), comandada pelos Estados Unidos. "Estou aqui no Paraná para isso. Estamos assinando estes acordos com este objetivo. Estamos avançando e construíndo a Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) que põe ênfase na luta contra a pobreza e a exclusão social e não aos interesses do capital transnacional", explicou Chávez.
Ainda segundo o presidente do país vizinho, para esta integração nacional das Américas é necessário criar uma estratégia de diferentes frentes: ambiental, social, política, econômica, intelectual, cultural e tecnológia. "A política é fundamental pois dará o rumo. A política é o eixo central desta ação", definiu.
No fim do discurso Chávez disse estar muito feliz por esta visita ao Paraná e parabenizou os empresários brasileiros pelos negócios fechados com os venezuelanos. "Que viva o Paraná", aclamou. Depois do discurso, Chávez e Requião foram para o Teatro Guaíra onde cerca de 2 mil integrantes do Movimento da Via Campesina e da Central de Movimentos Sociais aguardavam.
A previsão é que Hugo Chávez deixe Curitiba no meio da tarde desta quinta-feira. Mas a programação inicial está toda atrasada.
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