Teixeira foi encaminhado ao hospital. Ao sair, vai responder por crime ambiental| Foto: Nilson Figueiredo Alves Júnior/Polícia Ambiental

O homem que ficou 25 dias desaparecido no meio da mata no Parque Nacional do Iguaçu, na região do município de Lindoeste, Oeste do Paraná, foi resgatado na madrugada de ontem por uma equipe do Corpo de Bombeiros, com auxílio da Polícia Ambiental e servidores do Instituto Chico Mendes. Lorisvaldo Teixeira, de 62 anos, tinha o hábito de caçar no parque – o que é um crime ambiental – e ficar até dez dias em um acampamento improvisado na selva. Como demorou para voltar, os familiares que residem na região acionaram a polícia.

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Uma equipe especializada em resgate em selva da Polícia Ambiental localizou Teixeira na manhã de terça-feira. Um helicóptero chegou a ser usado na tentativa de resgate, mas não houve condições de pouso. Segundo o tenente Nilson Figueiredo, da Polícia Ambiental, o caçador estava bastante debilitado e disse ter sobrevivido comendo sal e tomando água de chuva.

Para a polícia ele contou que estava em um girau, uma espécie de tablado improvisado com madeira e construído em árvores. Foi dessa espécie de tablado que ele caiu três dias depois de entrar na mata. Ele ficou com a perna fraturada durante três semanas.

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Uma equipe médica do Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) encaminhou o caçador ao Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) onde ele permanece internado sob escolta policial. Segundo Figueiredo, assim que deixar o hospital ele será encaminhado para a Polícia Civil para ser autuado pelos crimes ambientais. Com ele, a polícia encontrou uma espingarda calibre 36, munições e outros equipamentos de caça.

A reportagem não conseguiu com o Huop informações sobre o estado de saúde do caçador.