Os médicos residentes do Hospital Evangélico (HE) de Curitiba vão promover uma assembléia na noite desta terça-feira para votar pela adesão dos funcionários à greve nacional da categoria. Segundo o médico Jan Pawel Andrade Pachnicki, presidente da Associação dos Médicos Residentes, a maioria dos 138 médicos residentes da instituição deve parar.
No país a mobilização já dura 20 dias, mas o Paraná só aderiu ao movimento na semana passada, quando os médicos do Hospital das Clínicas de Curitiba e do Hospital Universitário de Londrina "abraçaram" a luta por melhores salários. A principal reivindicação é um reajusta salarial na bolsa auxílio em 30% (que já foi de 57%), passando dos atuais R$ 1.474,00 para cerca de R$ 2.200, além da regularização da carga horária. "Temos que cumprir carga de 40 a 60 horas, mas quase diariamente extrapolamos esse tempo", explica Pachnicki.
O presidente da Associação explica que o movimento foi inevitável. "Particularmente posso até não concordar com a paralisação, mas isso se tornou inevitável diante do silêncio do Ministério da Educação. Temos o apoio da grande maioria dos nossos superiores imediatos", disse.
Apesar de considerar a adesão como certa, o médico garante o atendimento emergencial. "Não vamos parar tudo e a população pode ficar tranqüila. Serão apenas algumas especializações nos atendimentos ambulatoriais. Todo o atendimento emergencial será feito normalmente", garante Pachnicki.
A luta por reajustes salariais, segundo o médico, vem sendo travada desde 2004.
Hospital de Clínicas
Na semana passada o HC de Curitiba aderiu ao movimento nacional de greve. Dos 235 residentes no maior hospital do Paraná, cerca de 60 pararam por tempo indeterminado. Os residentes não pararam totalmente, mas aproximadamente um a cada quatro aderiu à greve.
Em Londrina, no Norte, os residentes do Hospital Universitário (HU) e do Hospital de Clínicas (HC) também participam da greve. A paralisação começou na terça-feira (21).