Assim como a costa litorânea do Paraná, as ilhas também sentiram os efeitos de uma ressaca que causou estragos na noite de sexta-feira (28) e continua assustando os moradores neste sábado (29). A água avançou e destruiu casas e bares na orla. “O pico foi às 3 horas da madrugada. O bar foi caindo, sendo levado e a gente não pôde fazer nada. Nosso sustento sendo levado. Todos os caminhos viraram rios”, conta Bernadete Squenine, moradora de Superagui.
Na Ilha do Mel, a situação foi parecida. Os restaurantes à beira da praia foram atingidos e prejuízos foram registrados. Com o alerta de nova ressaca nas próximas horas, os moradores estão apreensivos. “Nós perdemos o muro de contenção e nosso pátio ficou comprometido. Calculo entre R$ 7 mil e R$ 10 mil de prejuízo. E a maré já está subindo de novo”, diz Jeison Miller, dono de uma pousada.
Em Matinhos, os balneários mais afetados pela ressaca foram Flamingo, Riviera e Praia Grande. Na Avenida Beira-Mar, próximo ao centro, o resultado da forte correnteza foi percebido dentro das residências. Pedras que serviam de quebra-mar foram levadas pelas ondas para o interior das casas, que ainda ficaram alagadas. A maré foi tão forte que até o asfalto da via foi destruído.
No Pico de Matinhos, a força do mar derrubou parte da Avenida Atlântica. Um trecho da rua precisou ser interditado. Eduardo Dalmora, prefeito da cidade, espera que o governo estadual destine verbas para a recuperação do município. “Acionamos o governo do estado para que nos ajude através da Defesa Civil com tudo que é possível. Foi um dos maiores estragos em 50 anos na cidade. Estamos analisando o Pico de Matinhos para saber se será possível consertar”, disse.
À tarde, a maré já estava alta novamente na região do Superagui, o que causou medo entre os moradores do lugar. A previsão é que uma nova alta das marés aconteça perto das 16 horas deste sábado.
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