Restrições à forma de reposição de aulas gera preocupação e polêmica

De acordo com as coordenadas da Seed, as aulas encerrarão em 23 de dezembro. As escolas que não conseguirem concluir o calendário escolar devem continuar a reposição em fevereiro, após as férias escolares de janeiro.

Nesse caso, o ano letivo de 2016 começaria em março e os alunos não teriam as férias de junho. A secretária estadual da Educação, Ana Seres Contim, afirmou ainda que a pasta não aprovará a adoção da “sexta aula” (quando o horário de início das aulas é antecipado e o de término postergado, ’’de modo que se consiga uma hora-aula a mais por turno).

Autonomia

Com base nas orientações da Seed, cada escola tem autonomia para organizar seu calendário escolar, distribuição de aulas, aplicação de provas e período de recuperação.

No Colégio Loureiro Fernandes, no Ahú, os professores farão uma grande revisão do conteúdo já trabalhado em sala para só depois aplicar as avaliações e dar início ao conteúdo novo. “Podemos utilizar sábados, férias de julho e até janeiro, se for preciso, para garantir os 200 dias letivos”, afirmou Amilton Costa, diretor do colégio.

No Homero Baptista de Barros, no bairro Capão Raso, o planejamento de reposição inclui aulas aos sábados em período integral – assim, não seria necessário estender o calendário escolar para 2016. “Se a Seed aprovar período integral aos sábados, precisaríamos de 13 sábados. Se não for integral, serão necessários 25”, explicou a diretora, Daniela Gil.

Já na Escola Estadual Cecilia Meireles, no Tarumã, a coordenadoria pedagógica trabalha com a possibilidade de repor as aulas em contraturno, pois a escola possui dez salas ociosas que poderiam ser aproveitadas. O diretor, João Alberto Souza, criticou a decisão da Seed de proibir a implementação da “sexta aula”.

“A sexta aula é reposição real. Reposição aos sábados e em fevereiro é faz-de-conta. O aluno não vai vir. Nossa escola tem condições e disponibilidade para aderir à sexta aula e não precisaríamos avançar sobre o calendário de 2016, mas a secretaria não permite. Isso põe fim à autonomia de cada instituição”, disse.