Comerciantes e prestadores de serviços da região do Guadalupe, no Centro de Curitiba, estão fazendo um abaixo-assinado contra a transferência do terminal de ônibus do local. Segundo eles, a mudança vai prejudicar as vendas, gerar desemprego e desvalorizar os imóveis que ficam nos arredores. A retirada do terminal é uma das ações previstas no projeto Marco Zero, da prefeitura, que planeja revitalizar a região central da capital ao longo dos próximos três anos.
O principal temor é que o número de pessoas que transitam pelo terminal, hoje estimado em 280 mil por dia, caia drasticamente com a transferência dos pontos de ônibus. Hoje, 47 linhas funcionam no Guadalupe, a maioria (43) oriunda das cidades da região metropolitana de Curitiba.
"Temos 5 mil estabelecimentos que dependem desse movimento. Cada comércio emprega em média cinco funcionários de forma direta e três indiretamente. São 40 mil empregos. É claro que temos a preocupação financeira, mas nossa reivindicação também tem cunho social", diz Carlos Varela, vice-presidente da recém-criada Associação dos Comerciantes e Moradores da Região e Proximidades do Terminal do Guadalupe.
Segundo ele, todo o comércio situado entre as ruas Barão do Rio Branco e Mariano Torres e as avenidas Marechal Deodoro e Visconde de Guarapuava serão afetados. "Por que não revitalizar o terminal? Sai muito mais barato e ninguém sai prejudicado. Veja o que fizeram no Mercado Municipal. Eles reformaram e ficou bonito. Se a prefeitura tirar os ônibus daqui, o nosso comércio vai morrer, assim como aconteceu na (Rua) Riachuelo", diz Varela, referindo-se à via central por onde passavam os antigos expressos. Quando foram substituídos pelos bi-articulados, há dez anos, o tráfego passou a ser feito pela Rua Presidente Faria, paralela à Riachuelo.
De acordo com os lojistas, o projeto da prefeitura é transferir o Terminal do Guadalupe para uma área na Avenida Visconde de Guarapuava, na esquina com a Barão do Rio Branco (ao lado da Câmara Municipal). "Não tem sentido prejudicar tanta gente mudando o terminal para um local que fica a duas quadras daqui", afirma Varela.
Nos últimos 30 dias, os lojistas fizeram reuniões, fundaram a associação e agora esperam ganhar a adesão de 10 mil pessoas para barrar a remoção do Guadalupe. "O abaixo-assinado está nos comércios da região desde o início da semana", conta Varela, que ainda não tem uma estimativa de quantas assinaturas já coletou. O documento será entregue à prefeitura. Além da manutenção e revitalização do terminal, os comerciantes pedem a instalação de um posto de saúde 24 horas no prédio onde hoje funciona a Fundação de Ação Social, a colocação de câmeras de segurança no terminal e o reforço do policiamento ostensivo.
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