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Atos de 8/1
Muito emocionada, ao falar sobre a morte de Giovanni Carlos dos Santos, a advogada Valquíria Durões disse que “hoje, definitivamente, ele está livre”| Foto: André Borges/EFE

Réu no inquérito do 8/1 que investiga supostos autores intelectuais das manifestações anti-Lula, Giovanni Carlos dos Santos, 46 anos, morreu na quarta-feira (24), depois de cair de uma árvore, em São José dos Campos (SP).

O velório de Giovanni ocorreu na manhã desta sexta-feira (26) e pôde ser acompanhado ao vivo pelo site da Urbanizadora Municipal.

Pelas redes sociais, a advogada de Giovanni, Valquíria Durões, convidou amigos e seguidores para acompanharem o velório virtual, pediu orações para os familiares do falecido e, muito emocionada, disse que, “hoje, definitivamente, Giovanni está livre”.

“Não está sendo nada fácil para mim, muito menos para o pai dele, para a família dele, mas a gente conta com o carinho de cada um de vocês. E que vocês possam orar pelo pai dele, orar pela família. Eu creio que Deus já o recebeu no céu e, hoje, definitivamente, ele está livre disso tudo”, disse a advogada em um vídeo publicado em seu Instagram, nesta sexta-feira (26). 

Giovanni estava em liberdade provisória e seguia monitorado por tornozeleira eletrônica enquanto aguardava julgamento. Giovanni era réu do Supremo Tribunal Federal (STF) no Inquérito 4.921, que investiga supostos autores intelectuais das manifestações do dia 8 de janeiro. Os acusados nesse inquérito poderão responder por incitação ao crime e associação criminosa.

Apesar da morte de Giovanni ter sido provocada por um acidente, o caso remete ao drama vivido por outros réus do 8/1.

Um deles é o caso do jornalista de Rondônia William Ferreira da Silva, de 59 anos, que teve o alvará de soltura assinado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, esta semana, mas não pode sair da carceragem porque está internado no hospital com suspeitas de câncer de próstata e outros problemas graves de saúde. William foi preso sem denúncia.

Outro caso que ficou marcado foi a morte do empresário Cleriston Pereira, que faleceu no dia 20 de novembro de 2023 após sofrer um mal súbito durante banho de sol na Papuda, onde estava preso preventivamente há dez meses por suspeita de envolvimento nos atos do dia 8 de janeiro.

Devido a comorbidades, Cleriston chegou a receber do Ministério Público Federal (MPF) um parecer favorável a sua soltura. O pedido de liberdade provisória foi encaminhado a Moraes no fim de agosto de 2023 e aguardava análise do ministro.

O ministro também ignorou diversos alertas médicos sobre o risco de mal súbito do preso caso ele não recebesse tratamento adequado.

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