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Os pais dos 319 alunos da pré-escola Atubinha, em Colombo, terão de esperar até o fim da semana que vem para saber se a instituição vai continuar funcionando no ano que vem. A reunião da última terça-feira na Câmara Municipal da cidade, em que pais, representantes da direção e os vereadores buscariam alternativas para manter a escola, só conseguiu adiar a decisão para o novo encontro, marcado para o próximo dia 4, e que deve contar com a presença do prefeito J. Camargo (PPS).

O impasse se deve ao fato de a prefeitura ter decidido chamar de volta os oito servidores municipais que trabalham no local. O prefeito argumenta que a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe que funcionários públicos prestem serviços em entidades privadas – mesmo as filantrópicas, caso da escolinha, mantida pelas Irmãs Salesianas de Porto Alegre. A direção recusou as duas propostas feitas por Camargo: um convênio para transformar a instituição em um Centro Municipal de Educação Infantil ou a manutenção de um repasse mensal calculado conforme o número de crianças carentes atentidas, cujo valor seria hoje de R$ 2 mil.

"Esses R$ 2 mil não conseguem sustentar o número mínimo de educadores que precisaríamos contratar para substituir o pessoal da prefeitura", alega a diretora, irmã Maike Lóes. "Conforme a tabela do sindicato que representa os professores de escolas particulares, o valor seria suficiente para pagar apenas dois educadores". A Mitra Arquidiocesana de Curitiba, proprietária do terreno, e a congregação também rejeitaram a idéia do Centro Municipal de Educação Infantil.

A diretora lembra que a decisão de encerrar as atividades em 2006 foi tomada em conjunto com os pais numa reunião ocorrida no último dia 20, para a qual também teria sido convidado o prefeito. Na ocasião, foi discutido o posicionamento da instituição a respeito da decisão da prefeitura. "Com muito sentimento e pesar, comunicamos aos pais que não teríamos condições financeiras de manter a escola e a solução seria fechar as portas", conta a irmã.

Mas ainda pode haver uma saída na reunião do dia 4. "Queremos uma parceria com a prefeitura, porque ninguém pode trabalhar isolado. Para nós, o que importa são as crianças. Se os adultos fazem confusão é outro problema", resume.

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