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 | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

O que eles falaram

"O evento foi uma forma de falar de política de maneira leve, com muita in­­for­­mação para os jovens refletirem sobre seu pa­­pel. Esse é o exemplo de que polí­tica pode e deve ser assunto de jovem também."

MV Bill, mediador das discussões no Geração Repense

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"Falar de política pode ser divertido, basta ver a forma como o Geração Repense tratou do assunto. O debate foi descontraído, mas não deixou de ser uma forma de conscientizar e mos­trar nossa importância na sociedade."

Danielli Wal, arquiteta, 27 anos

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"Uma forma de envolver o jovem é falar de política de uma maneira divertida. Um exemplo é o que o Bennett vem fazendo na Gazeta do Povo. A partir de tirinhas e charges, ele trata o assunto de um jeito bem humorado."

Rhodrigo Deda, editor-executivo da Gazeta do Povo, um dos convidados do evento.

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"A geração atual é muito mais civilizada, tem consciência ambiental e vive em um mundo em que há vagas especiais de estacionamento para deficientes e idosos. Ter essa preocupação é algo político e superengajado."

Wella, professor de curso e um dos convidados do Geração Repense.

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"Não falamos de política como as gerações anteriores, mas somos capazes de mobilizar amigos e familiares e, aos poucos, mudarmos o nosso dia a dia. Temos que ter consciência que também damos exemplo."

Luísa Bonin, estudante, 22 anos.

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Serviço

Não conseguiu participar do Geração Repense? Não tem problema. O Gaz+ e o Vida na Universidade fizeram a cobertura do evento em tempo real, mostrando todos os detalhes das rodas de conversa e as apresentações das bandas. Para ver o resumo do evento, é só acessar o www.gazmais.com.br.

Debates inteligentes sobre política, conversas sobre o engajamento dos jovens em questões urbanas e muita música para embalar as discussões. Esse foi o saldo da primeira edição do Geração Repense, evento promovido pelo Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom) no último sábado (28) no Largo da Ordem, em Curitiba, com o tema "o que a gente pode fazer por uma cidade melhor?".

O evento contou com duas rodas de conversa mediadas pelo rapper MV Bill, além perguntas dos espectadores. Para animar o papo, os debates foram intercalados com apresentações das bandas locais Sabonetes, Crocodilla e Paranoika.

Na primeira discussão, o cineasta Paulo Munhoz, o editor-executivo da Gazeta do Povo e autor do blog O Coro da Multidão, Rhodrigo Deda, e o professor de cursinho Wella questionaram o desinteresse dos jovens em relação à política. A conclusão? "Basta ver o exemplo da Espanha, onde os jovens foram às ruas para reclamar e postar sua posição quanto à política do país. Se houver questões que chamem a atenção, é claro que a juventude vai se interessar sim e mostrar o que acha do assunto", opinou Wella.

Para Deda, os jovens de hoje formam uma geração com um espaço fértil para compartilhar ideias, mas isso precisa ser articulado de maneira a formar uma verdadeira teia de manifestação política e fiscalização do poder público. "Se o político faz alguma coisa que você não gosta, seja exigente, encha a caixa dele de e-mails e se manifeste sobre o assunto", aconselhou.

Segundo Wella, se o poder público se omite em algumas questões, cabe à população se mobilizar. "É preciso fazer o que estamos fazendo agora: sair de casa, ocupar as ruas e ter conversas saudáveis sobre os rumos da cidade e do país".

Entre os jovens que foram ao evento, a opinião era parecida. "Jovem pode sim gostar de política e acho que nós nos mobilizamos, mas é de uma forma muito prática. Nós precisamos encontrar uma motivação para que algo mude", explica a arquiteta Isabella Pagnoncelli, de 25 anos.

Segundo debate

No segundo debate, o assunto foi o que cada um pode fazer por uma maior qualidade de vida na cidade. Com a participação do cicloativista Jorge Goura, a representante da Aliança Empreendedora Lina Useche, o membro da Aisec Lucas Kotovicz e Josué Artigas, das Redes de Desenvolvimento Local do Sesi, a discussão mostrou que os jovens de hoje precisam ser cada vez mais conscientes de seu papel. "Não basta ficar parado na frente do computador e esperar as coisas acontecerem sozinhas. É preciso mobilizar e correr atrás do que você acredita", comentou Kotovicz.

Para Lina, o principal é o jovem compreender a importância das pequenas ações. "Empreendedorismo não vale somente para a área de negócios, mas é o pontapé inicial para o jovem entender que um gesto simples ou uma atitude na hora certa são capazes de mudar a realidade".

No fim do evento, o estudante Gabriel Rocha, 17 anos, comentou sobre a importância dessa conscientização. "O jovem tem uma influência grande nos rumos da sociedade, mas acho que nem sabe do tamanho do poder que tem nas mãos. É preciso se envolver, se informar e fazer valer todo esse poder."

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