As obras de revitalização da Avenida Manoel Ribas, discutidas há anos pelas gestões municipais, podem começar até o fim de 2016. A previsão é da Secretaria Municipal de Obras Públicas e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). A expectativa dos dois órgãos é de que o edital de licitação para as obras estará pronto até julho, possibilitando o início da revitalização para os últimos meses de 2016.
“Esperamos que corra tudo bem, porque um processo de licitação tem imprevistos. As obras devem demorar um ano, um ano e pouco, e queremos ter o projeto implantado até 2017”, estima o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires.
As obras contemplam um trecho de 2,8 km entre o Contorno Norte e a rua Madre Clélia Merloni. O investimento será de aproximadamente R$ 20 milhões, R$ 13 milhões da Prefeitura de Curitiba e os outros R$ 7 milhões do Banco Internacional de Desenvolvimento.
Além da demora para conseguir recursos para as obras, a prefeitura justifica o adiamento por causa da necessidade de refazer o projeto inicial. “Quando nós pegamos o projeto da Manoel Ribas, ele era meramente um projeto viário, sem nenhuma preocupação em transformar em uma via humanizada”, afirma o presidente do Ippuc. O novo projeto contempla duas faixas de circulação em cada sentido (exceto no trecho entre o Contorno Norte e o supermercado Condor, onde haverá apenas uma faixa no sentido Centro), faixas de estacionamento em ambos os lados e ciclofaixas unidirecionais em ambos os lados da pista, além de melhorias na iluminação e no paisagismo. Conforme Pires, a prioridade do novo projeto é “o transporte coletivo, a ciclomobilidade e fazer com que o carro tenha seu lugar, mas de maneira ordenada”.
Viaduto do Orleans
Apesar da expectativa de concretização do projeto da Manoel Ribas, a revitalização do Viaduto do Órleans, principal ligação entre os bairros Campo Comprido e São Braz, ainda está sendo discutida pela comunidade da região e pelo Ippuc. Segundo informações da assessoria do órgão, há quatro propostas possíveis em avaliação e ainda não há perspectiva de quando o novo projeto será finalizado.
O instituto é a favor da proposta de alargamento do viaduto com um único semáforo, porque seria a que proporciona resultados positivos por mais tempo (20 anos). Contudo, o Ippuc reconhece que o projeto é o mais caro (em torno de R$ 23,1 milhões) e só poderia ser realizado com desapropriações.
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