Cerca de 100 pessoas, a maioria estudantes, participaram no início da noite desta segunda-feira (1) do terceiro protesto do movimento Revolta da Salada, em Foz do Iguaçu, no oeste do estado. Melhorias na saúde pública local e no sistema de transporte coletivo despontaram como as principais reivindicações.
O movimento ocorre no dia em que entrou em vigor a redução da tarifa do transporte na cidade. O bilhete passou de R$ 2,60 para R$ 2,55 no cartão eletrônico. Para quem paga em dinheiro, o valor caiu de R$ 2,90 para R$ 2,85.
No entanto, para os usuários a redução não vai fazer diferença. "A redução da tarifa não contribui para nada", diz o estudante João Augusto Albuquerque. Os manifestantes querem a instituição do passe livre para a população, por meio de impostos e royalties da Itaipu, e auditoria do último processo de licitação do transporte feito no município. Em relação à saúde pública, eles cobraram do prefeito Reni Pereira (PSB) a normalização do atendimento, principalmente no Hospital Municipal, onde reclamações sobre a falta de médicos e a qualidade no do serviço têm sido constantes. Concentração
Antes de iniciar a marcha pelas ruas, os manifestantes fizeram uma concentração do Terminal de Transporte Urbano (TTU) por volta das 17h30 e saíram em caminhada até a praça do Colégio Bartolomeu Mitre, no centro. Viaturas da Polícia Militar e da Guarda Municipal acompanharam o movimento.
A pauta de reivindicações, na qual também há pedidos para redução da tarifa do pedágio, reforma política e desmilitarização da Polícia Militar, foi decidida durante duas reuniões realizadas nos dias 26 e 28. Convocado pelas redes sociais, com 772 confirmações, a manifestação foi a que teve menos adesão até agora.
O protesto que reuniu o maior número de pessoas, cerca de 3 mil, ocorreu no sábado, dia 22 de junho.