O governo começará a emitir em outubro o novo modelo de identidade, que será único para o país e terá dez dígitos. Hoje, cada estado adota uma numeração diferente e sistemas próprios de emissão das carteiras de identidade, sem se comunicarem.
Isso possibilita que a mesma pessoa faça vários documentos. O Instituto Nacional de Identificação estima que 1,5 milhão de carteiras de identidade estão passíveis de fraude porque foram perdidas, furtadas ou roubadas.
A emissão do novo documento começará por meio de projeto piloto em um estado de cada região. A intenção é trocar todos os documentos são 150 milhões hoje em até dez anos. Nesse período, as duas carteiras (antiga e nova) serão aceitas, pois a substituição obrigatória será gradativa e dependerá da capacidade do governo de aparelhar os institutos com equipamentos capazes de gerar o documento. Os números atuais de registro serão totalmente modificados.
O modelo da carteira será similar a um cartão bancário com chip, reunirá dados pessoais, CPF e título de eleitor, e a impressão digital adaptada ao AFIS (sigla em inglês para Sistema Automático de Identificação de Impressões Digitais). Dessa forma, em qualquer estabelecimento do país será possível comparar a digital e ver se o documento está, de fato, na mão de seu proprietário.