"Vou ser o telhado que eu tanto joguei pedra", diz novo chefe da Polícia Civil
O novo comandante da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, disse nesta segunda-feira (29) que ficou surpreso com a indicação de seu nome para o cargo, já que sempre foi um crítico da instituição. Em cerimônia no Canal da Música, no bairro Mercês, Farhat previu aos jornalistas que vai promover mudanças no rumo da instituição, inclusive com a troca de comando nas delegacias especializadas.
O comando oficial da Polícia Civil foi transferido oficialmente para Riad Braga Farhat na manhã desta segunda-feira (29), em Curitiba. Em uma cerimônia oficial no Canal da Música, o novo delegado-geral assumiu no lugar de Marcus Vinicius Michelotto, que ocupou a função de janeiro de 2011 até esta segunda.
A troca do comando foi anunciada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) no último dia 22. Um dia após a mudança, o secretário da Segurança Pública, Cid Vasques, informou, durante coletiva de imprensa, que foi o próprio Michelotto quem colocou o cargo à disposição.
A decisão teria sido tomada pelo ex- delegado-geral cinco dias antes do anúncio, data que coincide com a prisão dos policiais acusados de torturarem quatro homens que trabalhavam em um parque de diversões de Colombo para que eles assumissem a culpa pelo assassinato da adolescente Tayná Adriane da Silva.
Em nota, divulgada pelo Facebook da Divisão de Polícia da Região Metropolitana, Michelotto disse que a decisão de sair do comando da Polícia Civil foi tomada em comum acordo. No texto, ele disse ainda que não era o momento para pensar na transição em si, mas de apoiar o novo delegado Riad Farhat.
Além da troca no comando da Polícia Civil, a corregedoria-geral da instituição também passa por mudanças. Sai Paulo Ernesto Araújo Cunha e entra Valmir Soccio, que ainda não tem data para assumir a nova posição.
Antes de passar pela chefia da Denarc, Farhat havia feito carreira como delegado do Grupo Especial Tigre, equipe de elite da Polícia Civil criada em 1990, especializada em soluções de sequestros.
Estopim
Os erros nas investigações sobre a morte da adolescente Tayná Adriane da Silva, que envolvem inclusive denúncias de tortura cometidas por policiais, foram a gota dágua para provocar mudanças na cúpula da Polícia Civil do estado.
Em entrevista aos jornalistas, Cid Vasques chegou a reconhecer que há um momento de crise na Polícia Civil. "(...) Esse caso [Tayná], evidentemente gerou uma crise no âmbito da policia civil, mas temos que ressaltar que as divergências na investigação foram detectadas no âmbito da própria segurança pública, pois foi a polícia científica quem detectou essas divergências", argumentou o secretário.
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