O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) estuda a instalação de cinco passarelas em 6 km da Estrada da Ribeira (BR-476), no trecho entre o Trevo do Atuba, Zona Norte de Curitiba, e o bairro do Guaraituba, em Colombo. O objetivo é facilitar a vida dos pedestres que estão com dificuldades para fazer travessias na região, principalmente no bairro do Alto Maracanã. Os locais das passarelas serão definidos pelo Dnit, pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) e pela prefeitura de Colombo. O Dnit não divulgou o custo, nem quando vai começar a construção das passarelas.
Atualmente, 99% das obras de duplicação e revitalização da Ribeira estão concluídas no trecho entre o Terminal do Guaraituba e o Colombo Park Shopping, no Alto Maracanã, e 80% estão concluídos entre o Alto Maracanã e o Trevo do Atuba. No primeiro trecho só faltam as obras de paisagismo e iluminação pública, e no segundo trecho uma parte da pista ainda não foi duplicada. Além disso, é preciso ativar os semáforos que estão sendo instalados.
No trânsito caótico da Ribeira, a região mais perigosa é o Alto Maracanã, onde cruzar a rodovia se tornou uma prova de fogo. O trecho sempre teve um trânsito confuso, mas agora com as obras o percurso exige mais cuidado e expõe pedestres e motoristas a mais riscos.
A Polícia Rodoviária Federal registrou neste ano 212 acidentes, com uma morte e 168 feridos, dos quais 39 em atropelamentos na Estrada da Ribeira. No ano passado, foram 209 acidentes, com 2 mortes e 221 feridos, dos quais 32 em atropelamentos nos mesmo trecho. O fluxo normal no trecho é de 600 veículos por hora, subindo para 1,2 mil veículos por hora nos horários de pico.
A reportagem da Gazeta do Povo esteve ontem no ponto mais crítico da rodovia, no Alto Maracanã, em frente ao Supermercado Roberto, onde idosos, mulheres com crianças e gestantes têm muita dificuldade para fazer a travessia. A lombada eletrônica que existe no local não funciona há quase um ano.
Segundo o cantor Francisco Dy Morays, o trânsito da Ribeira é um caso de polícia. "A gente reclama e o problema continua", disse. "Os piores horários são das 5 às 8 e das 16 às 20 horas", conta a dona de casa Natalina Correia Bicudo.