O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil manterá a situação de emergência nacional, decretada há um ano, por causa da microcefalia relacionada ao vírus zika. Ele defendeu que, embora tenha havido uma redução de cerca de 80% nos casos da malformação cerebral, é preciso continuar alerta.
Em Genebra, especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) reunidos nesta sexta-feira decidiram que o surto de zika deixou de ser classificado como uma situação de emergência sanitária mundial.
“Vamos manter até que o acompanhamento que estamos fazendo nos dê tranquilidade para recuar”, disse Barros, durante coletiva à imprensa.
Barros anunciou novas medidas de diagnóstico e acompanhamento. O tamanho da cabeça, que é o principal parâmetro para identificação de casos suspeitos mudou. Passou de 31,9 cm para 30,5 cm no caso de meninos e de 31,5 cm para 30,2 cm para as meninas. Segundo Barros, somente agora houve consenso da equipe quanto à alteração.
Bebês de mães que tiveram zika, mesmo que não tenham diagnóstico de microcefalia, deverão ser acompanhados até os três anos, segundo as novas regras. Outra mudança nos protocolos de atendimento determina a realização de duas ultrassonografias durante a gravidez, e não uma apenas.
O exame adicional e as novas medidas encefálicas, segundo o ministério, vão ajudar a rastrear outras malformações decorrentes de zika, como perda de visão e audição. Esses bebês também passarão a ser acolhidos dentro dos mesmos parâmetros dos já atendidos por malformação cerebral.
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